22 de out. de 2020

O HOMEM NOVO VIVE UM FORTE VÍNCULO A MARIA, AO SANTUÁRIO E AO PAI FUNDADOR (Material Jumas, Brasil)

 O HOMEM NOVO VIVE UM FORTE VÍNCULO A MARIA, AO

SANTUÁRIO E AO PAI FUNDADOR

O SANTUÁRIO

O primeiro Santuário da Mãe Três Vezes

Admirável está localizado em Schoenstatt, na

Alemanha. No mundo inteiro já existem mais de

180 Santuários, iguais ao Santuário original, em

Schoenstatt. No Brasil existem mais de 20

Santuários espalhados em diversos Estados.


Uma característica específica dos Santuários de

Schoenstatt é o nada sem vós, nada sem nós.

Pela aliança de amor, Maria permanece no

Santuário e distribui graças em abundância, mas

pede que seus devotos lhe ofereçam zelosas

contribuições ao “Capital de Graças”. Este é um

grande apostolado que cada um pode realizar.

Assim ajudamos a abrir o caminho da graça, para muitas pessoas pois, pela

comunhão dos santos, o bem que fazemos reverte em bênçãos para os outros.


No Santuário de Schoenstatt, Maria Santíssima é venerada como 

MÃE,RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT.


Ela é MÃE porque foi dada como Mãe por Jesus agonizante na cruz, com as

palavras memoráveis: “Eis aí a tua Mãe”. Naquele momento, João representou

toda humanidade. Ela é o presente precioso que Cristo nos legou na cruz. Ela

é a Mãe de Cristo e a nossa Mãe.


Ela é RAINHA porque está acima de todas as criaturas, por sua dignidade de

Mãe de Deus. Deus a fez Imaculada, concebida sem o pecado original, cheia

de graça. Depois de sua Assunção ao céu, foi coroada como Rainha do céu e

da terra. É a Rainha porque é a Mãe de Cristo, o Rei do Universo.


Ela é VENCEDORA pelo poder que Deus lhe concedeu, de vencer e triunfar

em todas as batalhas contra os poderes diabólicos. É a vencedora em nós e

por nós, em todos os nossos problemas, nas lutas e dificuldades.


a) Abrigo espiritual

É a graça de um profundo encontro no coração maternal de Nossa Senhora e,

através dela, no coração de Cristo e de Deus Pai. Esta graça nos comunica a

segurança da fé, a certeza da confiança de filhos de Deus e do seu amor; o



saber-nos de verdade membros de Cristo, revestidos de nobreza divina e

partícipes de sua missão.


Por esta graça do Santuário, Maria quer sanar uma profunda ferida do homem

atual: um homem desvinculado, sem lar, sem família, que desconhece o

enraizamento em um tu humano e no Tu divino, que vive angustiado e

atemorizado, nervoso e inseguro existencialmente pelo presente e pelo futuro.


b) Transformação interior

Maria implora para nós no Santuário o Espírito Santo, que forja em nós vivas

imagens de Cristo. Esta graça faz fecundo o esforço pela nossa auto-educação

e nos leva a vencer em nós o “homem velho”, que se afasta de Deus pelo

pecado e se conforma com uma vida medíocre e egoísta. Faz-nos sensíveis à

voz do Senhor e dispostos a seguir em tudo a vontade do Pai; nos liberta das

múltiplas correntes que nos amarram e freiam o nosso crescimento interior, nos

tira da prisão do eu, para nos converter em pessoas abertas ao tu e dispostas a

servir os irmãos, a ser, de verdade, “homens novos” em Cristo.


c) Fecundidade apostólica (ou Envio)

Esta graça, que Maria nos dá no Santuário, em virtude da Aliança, vem

completar o sentido das duas graças anteriores, as quais não são unicamente

um dom que Deus nos faz pessoalmente. Elas representam, em primeiro lugar,

um presente para o mundo e para a Igreja, porque estas graças nos são dadas

para transmiti-las aos outros.


Maria nos chama para ajudá-la como instrumentos na sua missão de co-redimir

o mundo. Ela implora sempre para nós a luz e a força para cumprirmos esta

missão, realizando um apostolado fecundo. Ela nos move a tomar iniciativas e

a nos comprometer ativamente na transformação da sociedade para inundá-la

do espírito de Cristo.

MARIA

A relação com Maria no movimento de Schoenstatt se

funda na posição objetiva que Ela ocupa no plano da

salvação; ou seja, no lugar e na função que Deus deu a

Maria na ordem da redenção. Ela não é uma figura

secundária na Igreja, não se pode equiparar nossa

vinculação a Maria com a vinculação a outros santos,

pois todos eles não ocupam o lugar essencial que Ela

ocupa no plano de Deus e na Igreja.


Maria é a mãe de Cristo e, ao mesmo tempo por sua relação com Cristo, é a

mãe de Igreja. É a encarnação perfeita da nova criatura redimida e da Igreja; é

a “cheia de graça”. Além de encarnar o ideal do homem redimido, Ela

desenvolve ativamente a tarefa de Mãe e Educadora que Jesus lhe confiou em

relação à Igreja e a cada um dos filhos de Deus.


Schoenstatt toma a sério todas essas verdades básicas da fé e procura pô-las

em prática da forma mais fiel possível. Desta forma tem podido experimentar

sempre e continuamente a presença maternal e o poder de Maria ao longo de

sua história.

Por tudo isto, o Movimento de Schoenstatt cultiva uma vinculação

especialíssima a Maria, pois vê nela a resposta aos problemas antropológicos

do nosso tempo. Hoje, quando o que está em jogo é a dignidade e a missão do

homem, quando se desfaz amplamente a relação do homem com Deus e a

harmonia do natural com o sobrenatural, a presença de Maria ganha uma

importância decisiva. Nela o cristão atual pode encontrar, como afirmam os

documentos da Igreja, “a estrela da evangelização”, um norte claro e seguro no

meio do desconserto e do desânimo de muitos. Os bispos latino-americanos

em Puebla afirmaram que: “Esta é a hora de Maria”. Esta foi, desde o inicio, a

convicção de Schoenstatt. Por tudo isto, Schoenstatt é marcadamente mariano.


Só uma piedade mariana não educada, sentimentalista ou supersticiosa, pode

desviar de Cristo. A verdadeira devoção a Maria, como procuramos praticar em

Schoenstatt, nunca pode nos desviar de Cristo; pois tudo o que Maria é e faz,

Ela deve a Cristo e tudo nela nos leva a Ele. Se o encontro com uma pessoa

próxima a Cristo ou o encontro com um santo nos conduz ao Senhor e aviva o

nosso amor por Ele, como não vai acontecer o mesmo, e muito mais ainda,

quando nos aproximamos de Maria e lhe entregamos a nossa vida? Quem

pode nos dar Cristo de uma maneira mais plena do que Maria, que trouxe

Cristo ao mundo?


O Deus que veio a nós em e por Maria quer e espera que também nós

cheguemos a Ele em e através de Maria. Por isso Schoenstatt, justamente por

ser marcadamente mariano, quer se distinguir por um profundo amor e entrega

ao Senhor. Para Schoenstatt não existe, entre a entrega a Cristo e a Maria,

nenhuma contradição. Quem possui um profundo amor a Cristo, por meio deste

mesmo amor, chega necessariamente a Maria. Não se poderia amar

verdadeiramente o Senhor sem amar o que Ele ama, e o ser que Ele mais

ama, acima de todas as criaturas, é sua Mãe Maria.

O PAI FUNDADOR

O Pe Kentenich é o fundador da Família de Schoenstatt.


Nasceu no dia 18 de novembro de 1885, na cidade de

Gymnich, Alemanha. Em 1906 entrou na comunidade dos

padres Palotinos, sendo ordenado sacerdote em 1910. Dois

anos depois da sua ordenação, seu superiores lhe deram o

encargo de Diretor Espiritual dos alunos do seminário menor

dos padres palotinos. 


Como educador desenvolveu um

fecundo trabalho com eles, que culminou na formação do

Movimento de Schoenstatt em 1914. A partir dali consagrou

toda sua vida a esta obra. Depois de uma vida cheia de

alegrias e dificuldades, faleceu em 15 de setembro de 1965, deixando como

herança uma obra de dimensões universais.


Não devemos achar estranho que a família de Schoenstatt acentue tanto sua

vinculação ao fundador. De fato, todas as comunidades religiosas vêem em

seu fundador um instrumento privilegiado do Senhor e reconhecem nele a

vontade de Deus para elas. Pensemos, por exemplo, em São Bento e os

beneditinos, em São Francisco e os franciscanos, em Santo Ignácio e os

jesuítas, em Santa Tereza d ‘Ávila e as carmelitas e, em nosso tempo, em

Santiago Alberioni e a família paulina, em Chiara Lubich e os focolares, etc. Os

últimos papas têm acentuado a necessidade de que as comunidades religiosas

aprofundem e vivam o mais intensamente possível o carisma de seu fundador

e se distingam por um fiel seguimento à sua pessoa e aos seus ensinamentos.

Assim se garante a vitalidade do Corpo de Cristo, que mostra sua riqueza e

unidade na diversidade dos carismas repartidos pelo Espírito Santo.


Além destas razões, válidas para qualquer comunidade na Igreja, devemos

agregar que a profunda vinculação afetiva da família de Schoenstatt ao seu

fundador está também intimamente ligada à originalidade mesma do carisma

de Schoenstatt. Em um mundo no qual experimentamos, cada dia de forma

mais intensa, a destruição e dissolução de todos os laços de amor ou vínculos

inter-pessoais, tanto no campo familiar como na sociedade em geral,

Schoenstatt quer cultivar em profundidade todos os vínculos queridos por

Deus. E entre estes, a relação filial com o fundador ocupa um lugar central.


Tanto que há muitas pessoas e grupos que chegam a selar uma Aliança Filial

com o Fundador, como é muito comum, por exemplo, na Argentina. Mas

também no JUMAS Brasil há rapazes e grupos que já a selaram.


SUGESTÃO DE ATIVIDADES:


I. Conversar em grupo:

1. Como cada integrante do grupo tem se vinculado a Maria, ao

Santuário e ao Pai Fundador?

2. Em qual destes vínculos sentimos necessidade de nos

aprofundarmos? Como poderíamos fazer isto?

II. Sugestão de Capital de Graças para o grupo:

Sugerimos que o grupo se proponha, como Capital de Graças, fazer visitas

ao Santuário mais próximo, ou ler textos sobre Maria, ou rezar a Oração

pela Canonização do Pe. Kentenich.

III. Organizar um PROJETO através do qual o grupo pode aprofundar esta

cláusula do Código da Aliança. (Para organizar o projeto, sigam os passos

descritos na Introdução do Código)

Exemplos:

- Se os integrantes do grupo conhecem pouco o Pai Fundador e não têm

muita relação com ele, poderiam aprofundar na sua história, lendo um

livro sobre a vida do Pe. Kentenich, dividindo os capítulos por cada

integrante e apresentando em comum. Cf. os livros “Um profeta de Maria”;

“Pai e educador carismático” ou “José Kentenich: uma vida para a Igreja”.

- Se os integrantes do grupo conhecem poucos Santuários de Schoenstatt,

poderiam organizar a peregrinação a um Santuário de Schoenstatt

ainda não conhecido pelo grupo, aprofundando na história e missão do

Santuário.

- Realizar a Conquista do Santuário-quarto, segundo um esquema de

reuniões e preparação a ser combinado com o assessor.

- Em lugares onde não haja Santuário ou nas paróquias, conquistar alguma

ermida da Mãe Rainha ou sala para as reuniões do Jumas, como um

lugar especial da presença da Mãe, a exemplo do que acontece nos

Santuários de Schoenstatt. Pode-se conquistar também um “Santuário-Lar”

(Santuário-Sala) do Jumas local.

- Se os integrantes do grupo têm um bom vínculo com o Pai Fundador e

desejam aprofundá-lo, podem trabalhar o tema da Aliança Filial,

descobrindo o que ela significa e se preparando para selá-la, caso se

sintam chamados a este passo de crescimento na sua vida de Aliança.


DICAS DE LEITURA

- KENTENICH, José. Documentos de Schoenstatt. 2. ed. Santa Maria:

Movimento de Schoenstatt, 1995.

- ALESSANDRI, Hernán.O que significa o Santuário de Schoenstatt? 2.

ed. Santa Maria: Pallotti, 2000.

- URIBURU, Esteban. Um profeta de Maria: biografia do Pe. José

Kentenich. São Paulo: Padres de Schoenstatt, 1983.

- ALESSANDRI, Hernán. Padre José Kentenich: um fundador, um pai,

uma missão. Principais etapas de sua vida sob o ponto de vista de sua

paternidade (Ciclo de Palestras por ocasião do Encontro Nacional da

Juventude Masculina no Chile). Santa Maria: Pallotti, 2001.

- MONNERJAHN, Engelbert. Pe. José Kentenich: Uma vida pela Igreja.

São Paulo: Padres de Schoenstatt, 2004.

- FÁVERO, Ir. M. Rosequiel. Imagem bíblica de Nossa Senhora. Santa

Maria: Sociedade Mãe Rainha, 2008. Série “Na Escola de Maria” vol. 1. (Na

forma de nove temas bíblicos elaborados para serem trabalhados nas

reuniões dos grupos)

- FÁVERO, Ir. M. Rosequiel. Os dogmas marianos. Santa Maria:

Sociedade Mãe Rainha, 2009. Série “Na Escola de Maria” vol. 2. (Na forma

de nove temas elaborados para serem trabalhados nas reuniões dos grupos)

- KENTENICH, José. O Rosário. (Palestras sobre o Rosário em 1953 e

1954). Londrina: Instituto de Famílias, 2002.

- FERNANDEZ, Rafael. Vivendo em Aliança: preparação e

aprofundamento da Aliança. São Paulo: Padres de Schoenstatt. (Roteiro

de mais de 30 reuniões para preparar uma renovação da Aliança de Amor

individualmente ou em grupo)

- EU pertenço a Ela e Ela me pertence. Preparação para a Aliança de

Amor. Atibaia: Movimento de Schoenstatt. (Bom para fazer uma revisão da

Aliança de Amor dos integrantes do grupo)

- FERNANDEZ, Rafael. 150 preguntas sobre Schoenstatt. 3. ed. Santiago

de Chile: Patris, 1997.

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