23 de out. de 2020

Ataduras às coisas que bloqueiam os vínculos

 Ataduras às coisas que bloqueiam vínculos 


Um campo que impede a liberdade interior são nossas ataduras que nos escravizam às coisas. O Pai e Fundador costumava comentar que fazemos muitas concessões ao mundo. E assim condenamos a nós mesmos e aos que nos rodeiam, à mediocridade. 


“Não podemos servir a dois amos, não podemos servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24), nos adverte Jesus. Hoje em dia é enormemente difícil viver no meio do mundo e não sucumbir diante o espírito do mundo. Os santos o comparam com uma teia de aranha que aprisiona os homens e não os solta mais.


Apreender a fazer a diferença 


Se quisermos resumir um pouco a imagem desse homem novo que há de criar um mundo novo, havemos de dizer que é um homem diferente, um homem que vive de maneira distinta dos demais. Teremos que atuar de forma diferente no matrimônio, na vida familiar, nos negócios, na empresa, na política, na relação com os homens. Nisso tudo deveremos distinguir-nos dos demais. 


Os primeiros cristãos tiveram a audácia de ser distintos. E por isso criaram um mundo novo, um mundo impregnado pelos valores cristãos. Ser diferentes significa muitas vezes, passar por loucos, assim como os primeiros cristãos passaram por loucos. Significa também lutar contra o pecado em todas as suas formas, começando por si mesmo, mas também lutar contra muitas situações de pecado no mundo que nos rodeia. 


È por isso que os primeiros cristãos diziam: “Non sine sanguine”, não sem sangue. O mundo não se transforma o Reino de Deus não avança sem sangue. E pode ser que em alguns casos Deus permita também o sangue do martírio. O P. Fundador esteve a ponto de derramar esse sangue.


O Padre Fundador foi um homem que lançou as bases para um mundo novo e uma Igreja nova, ao preço de muita dor e sacrifício.


Ele passou por todas as lutas imagináveis. E ele pode ser fundamento para um mundo novo porque venceu em si mesmo os problemas do mundo novo.

E então, apesar de tudo, temos que atrever-nos a ser distintos, a passar por loucos, a lutar contra o mal em nós mesmos e assim viver antecipadamente o mundo de amanhã.


Estilo de vida


Por outro lado é necessário que cultivemos consequentemente um estilo de pobreza evangélica em nossa vida. Deus nos pede conquistar um estilo de vida austero, centrado em ser mais e não em ter mais, centrado em confiar em Deus e na sua providencia e não em nossos bens. 


Por isso, havemos de criar um novo estilo de vida, mais simples, mais forte. Pensemos por exemplo em nossa vestimenta, nossa comida, nosso estilo de festas, nossas férias, nossas casas, nossos bens, nossos veículos, etc.


Também em nossos grupos devemos buscar formas concretas para poder crescer na simplicidade e sobriedade, no desprendimento e no compartilhar solidário. Um membro da Família de Schoenstatt não pode deixar-se guiar neste campo pela sociedade de consumo, pela cultura materialista e secular. Nisso temos que ser homens diferentes, homens que vivem de maneira diferente. 


Devemos nos distinguir dos demais por nosso estilo de vida simples e sóbrio, por nossa independência da sociedade de consumo.


Perguntas para a reflexão


  1. Em que nos diferenciamos dos demais?
  2. Como é nosso nível de vida?
  3. Em que medida nós estamos influenciados pela sociedade de consumo?



Pe. Nicolas S.

Pe. Marcelo A.

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