22 de out. de 2020

Crescer na vinculação a Deus Pai - O Vinculo Fundamental

 Crescer na vinculação a Deus Pai - O Vinculo Fundamental


Existe uma proposta do Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt, para crescer em nossa aproximação e vinculação ao Pai. Ele a chama: caminhar na presença de Deus. Consiste em três atos simples: “mirar frequentemente a Deus, com olhos de fé; conversar com frequência com Deus; com amor filial; oferecer com frequência sacrifícios a Deus”. 


E acrescenta: Se querem saber por que não chegam a uma vinculação profunda com Deus, só tem que perguntar-se: Qual ou quais destes três elementos não estou vivendo?


1. Mirar frequentemente ao Pai com olhos de fé. Como posso fazê-lo, apesar de minhas atividades? Lembremos o tempo de nosso noivado. É evidente, quando dois se querem, têm saudades e se comunicam mutuamente. Dessa experiência tenho que aprender para cultivar meu amor a Deus. O que fiz naquele tempo de modo espontâneo, agora tenho que aprendê-lo através do exercício. Devo treinar mirando ao Pai várias vezes ao dia. Sem esse esforço nunca chegarei a uma relação mais pessoal com Ele.


Concretamente, deveria aproveitar melhor meus momentos de oração, de leitura espiritual e de meditação para que sejam realmente encontros de pessoa a pessoa com Deus.


2. Conversar com frequencia com o Pai com amor filial. Como posso conversar com frequencia com o Pai? Para muitos ainda é difícil rezar, entrar num diálogo profundo e pessoal com Ele.

Entretanto, a oração é absolutamente necessária, porque é a respiração da alma; sem ela não podemos sobreviver. Cada momento de oração deve acrescentar em nós o amor a Deus, a entrega amorosa a Deus Pai.

Tenho que aprender a dialogar com Deus Pai sobre as coisas diárias de minha vida. O Padre Kentenich opina que seríamos mais serenos interiormente e mais sãos psiquicamente, se nossos problemas diários o levássemos a Deus, conversáramos com Ele, se reflexionáramos sobre os encontros diários com Deus.


Creio que em tudo isso devemos buscar um tratamento mais íntimo, mais espontâneo, mais simples e filial com Deus Pai. 


O ideal a que devemos aspirar é rezar não somente com frequência, mas rezar sempre. São Paulo também o diz: “Orem sem cessar” (1 Tes. 5 17). Que se entende por isso? É a disponibilidade do coração de não negar nunca nada a Deus: uma abertura permanente para seus desejos, uma atitude de Lhe responder sempre sim, uma disposição interior de adorar a vontade do Pai em cada circunstância. 


É a experiência misteriosa de que não estou nunca só, porque Deus está sempre comigo e em mim. Esse contato permanente com o Pai supõe que minha alma está captada por Deus até o subconsciente. Isso só é possível se o Espírito Santo nos regala seus dons.


3. Oferecer com frequência sacrifícios ao Pai

Se, quero aprender a viver na presença de Deus, então é evidente que devo também oferecê-lhe sacrifícios. Com minha natureza humana tão frágil e limitada, não posso esperar chegar a uma vinculação plena de amor, sem um espírito de mortificação heróica. Sob a ordem do pecado e da cruz não existe o amor sem sacrifício.


O que poderia oferecê-lhe? Coisas da vida diária. Por exemplo: os sacrifícios que garantam a educação de meu temperamento ou caráter; o sacrifício que significa para muitos de nós, nosso trabalho profissional exemplar; nossa luta por levar adiante com dignidade o matrimônio e a família…


Perguntas para a reflexão


  1. Penso em Deus como meu Pai do Céus
  2. Tenho momentos de encontro com Deus?
  3. Conto-Lhe minhas alegrias e penas?
  4. É difícil para eu fazer sacrifícios e oferecê-los a Deus?
Pe. Nicolas S.
Pe. Marcelo A.

Nenhum comentário:

Postar um comentário