29 de jul. de 2018

ALGO ESTÁ MUDANDO ...






1) Spotify está fundindo as gravadoras.

2) Netflix fez que quase não existem lojas de vídeo e que muito menos pessoas vão ao cinema.

3) Reserva está em cheque com agências de turismo.

4) O Google desativou as Páginas Amarelas.

5) O Airbnb está assustando os donos dos hotéis.

6) O WhatsApp ameaça as operadoras de telefonia fixa e celular.

7) Redes Sociais para a mídia.

8) Uber para os taxistas.

9) A OLX está eliminando os anúncios classificados.

10) Os smartphones condenaram as casas de fotografia.

11) O Zip Car torna a vida impossível para as empresas de aluguel de carros.

12) Tesla questiona o futuro das montadoras.

13) E-mail complicado para correios postais.

14) Waze terminou com o GPS.

15) Original e Nubank ameaçam o sistema bancário tradicional.

16) A nuvem torna os pen drives cada vez mais inúteis;

17) O Youtube coloca as empresas de televisão em risco.

18) O Facebook está matando os portais de conteúdo.

19) Tinder (e similar) tira as boates (e similares).

20) Wikipedia matou dicionários e enciclopédias.

Quanto tempo você acha que seu trabalho vai durar na sua forma atual?

... e você quer continuar vivendo como você viveu 10 anos atrás?

Eu sugiro que você se reinvente diariamente para continuar neste "jogo" chamado VIDA.

Sempre indo em frente. Não porque as pessoas vêm de trás ... mas porque já tem muita gente à nossa frente, o que nos levam a vantagem.

(Autor desconhecido)

E o que nosso "Schoenstatt em saída" diz ou como está agindo neste contexto de mudança mundial a uma velocidade incomum? 

Boa pergunta para refletir.
Uma coisa é segura.
Não podemos continuar agindo como se o que está acontecendo diante de nossos olhos não esteja acontecendo.

PeM

25 de jul. de 2018

A CRISE TRIPLA DO JOVEM KENTENICH

A OPINIÃO DE ANTONIO R. RUBIO PLO


O 50º aniversário do falecimento do Padre José Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt, uma iniciativa apostólica, nascida em um ano trágico para a Europa em 1914, e com características inovadoras que transcendem o seu próprio tempo está cumprido este ano. Qualquer biografia de Kentenich, um homem que acumulou mal-entendidos dentro e fora da Igreja, é notável por apresentar uma visão do cristianismo que excede uma mentalidade rígida e individualista de uma fortaleza sitiada e com medo de abrir com o amor de Cristo as realidades do mundo e dos seres humanos. Se somarmos os traços marcadamente  marianos, que são sempre dignos de confiança, devemos concluir que o fundador de Schoenstatt, como aconteceu com outras grandes personalidades cristãs, é patrimônio não só de seu movimento de Schoenstatt, mas de toda a Igreja.

O caminho do José Kentenich não foi fácil, e não apenas porque acabou preso  em um campo de concentração de Dachau, ou passar os últimos anos (14) de sua vida nos EUA por ordem de seus superiores. Muito tempo antes, ele também foi abalado por crises e dúvidas espirituais, às quais há apenas a resposta autenticamente cristã de uma fé que é o abandono confiante nos braços do Pai e da Mãe. Um de seus biógrafos, padre Hernán Alessandri, relata que em seus anos de seminário, José Kentenich foi afetado por uma crise tripla que outros teriam sido paralisados ​​ou levados à impotência. Esta crise foi formada por três "ismos" perniciosos, que estão presentes na existência do cristão como tentações insidiosas.

O primeiro é o idealismo, que não se refere a ideais, mas a um intelectualismo exagerado, que separa as idéias da vida e que concebe um Deus construído apenas intelectualmente. Como o Padre Alessandri aponta, não é sobre o Deus da vida, o Deus que fala com ele através dos homens. De fato, um cristianismo literário, em nada vital, preocupado com doutrinas e não com pessoas, assemelha-se à situação daquele servo que escondeu em um lenço o talento de seu mestre. Em teoria, o servo manteve o depósito, como Paulo recomendou a Timóteo (2 Timóteo, 1, 14), mas o depósito, assimilado a uma planta não cuidada, não deu frutos. Esse idealismo pode ser brilhante, embora seja estéril e, portanto, condenado a morrer. Kentenich rejeitou essa tentação mecanicista, que separou a ideia de vida e levou muitos intelectuais, cristãos ou não, a uma desconexão com as realidades da carne e do sangue.

A segunda consiste no individualismo, uma tentação que acompanha todos aqueles que praticam a fé cristã. É esquecer que o cristianismo não é cristianismo se não houver comunidade. Para alguns, importa tanto o eu, supostamente fiel e complacente, que eles se esqueceram completamente de o “tú”. A idéia, porque reduziu a religião a uma ideologia, absorveu a fé, com a inevitável consequência de que a esperança e a caridade também serão afetadas, se não sacrificadas. Correspondentemente, o Padre Kentenich qualificou o individualismo como algo corrosivo.



Finalmente, o terceiro "ismo" refere-se ao sobrenaturalismo. É o grande perigo do cristianismo desencarnado, uma nova versão das antigas heresias dos séculos antigos. No seminário, prevaleceu ambiente natural, visto de fora, levaria à conclusão errônea de que reinava piedade. Mas o resultado estava à vista e infelizmente poderia acompanhar os futuros sacerdotes: uma religiosidade árida, fria, sem amizades ou relações humanas. Foi um sobrenaturalismo, avaliado por Kentenich de extremamente unilateral, o que presumivelmente valorizava muito mais o “além” que do “aqui” e chegar a extremos como ele mesmo relata: sua avó, mais de oitenta anos, queria beijá-lo, mas ele se recusou abruptamente com o aviso de que ele havia se rendido a Deus. O sobrenaturalismo esquece que a fé deve estar enraizada no coração.

Muitos cristãos se identificaram com essas observações de José Kentenich, ou simplesmente as testemunharam. Portanto, deve ser enfatizado que o cristianismo careceria de um lado afetuoso ou carinhoso se não houvesse mãe. Nas palavras do fundador de Schoenstatt: "A Santíssima Virgem é por excelência o ponto onde cruzam o terreno com o celestial, natureza e graça. Ela é o equilíbrio do mundo, isto é, ela, por seu ser e por sua missão, mantém o mundo em equilíbrio “.

Antonio R. Rubio Plo, escritor e analista internacional não é schoenstattiano.  Seu articulo foi publicado en COPE (digital) de Espanha.  Antonio é blogista de COPE.

10 de jul. de 2018



INFORMAÇÕES ATUAIS SOBRE A CAUSA DO PE. KENTENICH


Pe. Eduardo Aguirre, postulador


“Com o espírito do fundador, queremos nos projetar com ele ao futuro”
Pe. Eduardo Aguirre, postulador da Causa de Beatificação do Pe. José Kentenich, nos traz informações atualizadas sobre o processo e nos dá mensagens importantes sobre a vivência deste carisma no Ano Kentenich. Confira:

Sobre o estado do processo de beatificação do Padre Kentenich
Muitos membros da Família de Schoenstatt perguntam quando pode ser esperado o próximo passo no processo de beatificação de Pe. Kentenich. Como Postulador do seu processo de beatificação, gostaria de fornecer as seguintes considerações.
O procedimento diocesano de beatificação do Pe. Joseph Kentenich já foi, em grande medida, completado. O Movimento de Schoenstatt agradece a prudência e a boa vontade demonstradas e dispensadas pela Diocese de Trier à causa da beatificação do seu fundador. Schoenstatt continua contando com a boa relação de confiança e cooperação com a diocese para esclarecer as questões pendentes.

É bem sabido que o processo do Pe. Kentenich é muito extenso, de longo alcance e não isento de controvérsia. Ele é a personalidade fundadora de uma Obra muito grande, diversificada e mundial. Sua beatificação não está ligada apenas localmente à diocese de Trier, mas tem um amplo significado internacional para toda a Igreja. O Pe. Kentenich foi fortemente provado pela Igreja por mais de 14 anos. O que era original e inovador em sua fundação e pedagogia foi posto em questão pela Igreja. Esta é uma das razões pelas quais muitos aspectos devem ser estudados e clarificados em profundidade durante o processo de beatificação.

Como em cada processo de beatificação, a pesquisa sobre o Pe. Kentenich abrange tanto a sua santidade pessoal de vida quanto sua missão pela Igreja. Estes dois aspectos foram abordados no processo. São aspectos importantes que foram investigados a fundo nas últimas décadas, desde a morte do fundador, e de maneira louvável, por parte dos postuladores e do Secretariado do Pe. Kentenich, assim como por muitos membros da Família de Schoenstatt. É por isso que, 50 anos após a morte do fundador, eles merecem um grande agradecimento. É justo dizer hoje, com vistas à beatificação do fundador, que houve um esforço sério e que tudo o humanamente possível foi feito para promover o processo. 

Agora é o momento para nós, como Família de Schoenstatt, de colocar renovadamente tudo nas mãos de Deus e da Nossa Senhora; insistir com ardor renovado em nossa oração e nas nossas contribuições para a capital da graça pela causa de nosso Pai: Tua res agitur! Agora Deus Pai tem de falar! E temos que escutar com paciência e confiança filial o que ele quer nos dizer.




O que Deus gostaria de nos dizer nesse momento de espera? O que podemos fazer?
É concebível que Deus quer dar-nos tempo para que o nosso Pai e Fundador, com a sua pessoa e a sua missão, se torne ainda mais vivo e presente no nosso meio; para que o conheçamos melhor e assumamos a sua visão, a sua espiritualidade e a sua pedagogia de forma mais decidida e eficiente. Sim, toda a Família de Schoenstatt deve estar mais consciente e sentir-se mais responsável pela sua beatificação. 

Ainda estamos longe de atingir o objetivo da assimilação e transmissão de seu carisma. O espírito do fundador deve tornar-se ainda mais forte e estar mais vivo em nós. É o espírito que inspirou o Congresso de Pentecostes de 2015 em Schoenstatt e que quer incentivar e promover um “Schoenstatt em saída”:

“Repletos de espírito missionário, propomos a todas as pessoas, para além de todas as fronteiras – até às periferias da sociedade – a Aliança de Amor como caminho e esperança. Construímos, assim, uma abrangente cultura de aliança. O carisma profético do nosso Pai e Fundador impele-nos a uma nova fundação de Schoenstatt em meio às situações dos tempos de hoje” (do Memorandum do Congresso de Pentecostes, Schoenstatt, 23 de maio de 2015).

Devemos aumentar os nossos esforços para tornar mais conhecida a pessoa do Pe. Kentenich e promover a sua missão. Teríamos de entender todas as nossas atividades nesse sentido; em cada reunião do grupo, em cada encontro e ação apostólica na qual procuramos implementar os ensinamentos e orientações do fundador, estamos contribuindo para o seu reconhecimento como uma personalidade profética e santa para o nosso tempo. Nas comunidades, nas dioceses, nos diferentes países e na Igreja universal, especialmente em Roma, a pessoa e a missão de nosso Pai e Fundador devem ser ainda mais conhecidas e reconhecidas.

Mas, a principal preocupação não é que o Pe. Kentenich seja “elevado aos altares” o mais cedo possível, visto que corresponde ao fundador de uma grande Obra ser venerado como um santo. Não nos esforçamos pela canonização do Pe. Kentenich por nós mesmos, pela nossa satisfação e pelo prestígio do nosso Movimento. O que nós ansiamos é que com o reconhecimento da sua santidade pela Igreja, o seu carisma seja reconhecido, aceito e seja uma fonte de renovação para o tempo presente.

O Pe. Kentenich conscientemente não fala do seu carisma, mas do carisma e da missão de Schoenstatt para a Igreja e para o mundo de hoje. Esta é a herança que temos recebido dele e que queremos assumir renovadamente e com maior consciência, especialmente neste Ano do Pe. Kentenich, para levá-la à Igreja. O carisma do Pe. Kentenich é o nosso carisma. Portanto, é um desafio para nós – 50 anos depois de sua morte – e é a nossa responsabilidade que o seu carisma seja frutífero na Igreja e no mundo. Isso não pode ser separado de sua pessoa. Por isso é que também procuramos o reconhecimento formal da santidade do Pe. Kentenich por parte da Igreja. Com o espírito do fundador, queremos nos projetar com ele ao futuro.

Acima de tudo, cada um de nós e, juntos, nas nossas comunidades, somos chamados a seguir o caminho da santidade que aponta o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica, Gaudate et Exultate, de 19 de março de 2018. Assim, seremos as melhores testemunhas da santidade do nosso Pai e Fundador.
Novamente nos deixamos desafiar pelas palavras da nossa Mãe no Documento de Fundação: “Não vos preocupeis com a realização do vosso desejo. Ego diligentes me diligo. Eu amo os que me amam. Provai primeiro que me amais realmente, que levais a sério o vosso propósito. Agora tendes a melhor oportunidade para fazê-lo”.
Se vivermos a nossa própria missão, que está ligada à missão do Pe. Kentenich, então a sua beatificação e canonização por parte da Igreja chegará oportunamente.
Pe. Eduardo Aguirre
Postulador




Este articulo foi extraído de: schoenstatt.org.br / 10 de Julho 2018

8 de jul. de 2018

SÉRIE SOLIDARIEDADE COM O FUNDADOR VI de VI

Um texto e um assunto muito atual!
Aqui o leitor terá o privilégio de ler, analisar e meditar um excelente artigo sobre a pessoa do Fundador de Schoenstatt. Os autores, reconhecidos como schoenstattianos, alguns já falecidos, tentam responder à desafiadora questão de como compreender, amar, empatizar e seguir o Pai e o Fundador após sua morte. Ainda deixando-lhe inúmeras questões abertas sobre o desenvolvimento de Schoenstatt nos tempos vindouros. Devido à extensão do texto, a redação do NAZARÉ VIVO dividiu-o em pequenos capítulos em uma pequena série chamada “Solidariedade com o Fundador", facilitando sua leitura. Obrigado

Este artigo foi publicado no Regnum, 1 de fevereiro de 1999, p.5-15. Regnum é uma revista do Movimento Apostólico de Schoenstatt na Alemanha. Este artigo pertence a uma série que é publicada sob a responsabilidade do comitê de redação constituído pelas seguintes pessoas: P. Günther M. Boll, P. Ángel Strada, P. Lothar Penners, P. Rainer Birkenmaier, Bárbara Albrecht e Herta Schlosser.

A série de artigos quer, segundo o mesmo comitê, esclarecê-la, para chamar a atenção para alguns eventos ou tendências em que se descobre um desafio para Schoenstatt.

O motivo deste artigo é a comemoração do 50º aniversário de 31 de maio de 1949, terceiro marco na história de Schoenstatt.

Leitura essencial para um líder de Schoenstatt.

A tradução espanhola é trabalho do padre Horacio Sosa C. (falecido)
A tradução portuguesa é responsabilidade do padre Marcelo Aravena
                                                                           
Interpretar profeticamente de novo o herdado (continuação)

d) Pastoral pessoal
Nas comunidades de Schoenstatt, os responsáveis ​​por elas têm a tarefa de cuidar de todas as maneiras aos demais. "Condução por contato" é um princípio formulado já nos primórdios de Schoenstatt. Responsabilidade na liderança significa que você tem que se preocupar com todos e servir sua vocação e seu caminho de santidade. 

A responsabilidade pela condução é uma relação pessoal. O quê significaria aplicar estes princípios testados e verdadeiros ao trabalho pastoral que, sob pressão pela falta de sacerdotes, está sendo profundamente transformado? O padre é retirado da proximidade do povo por causa dessa transformação ou é incentivado a deixar certas tarefas administrativas para servir a indivíduos e grupos pequenos e inspiradores? Os padres são treinados para realizar a "condução de contato" (por meio da proximidade pessoal) e não de escritório? 

Essas formas de exercer autoridade não significam renunciar a ela, mas sua renovação, é um "novo nascimento" do pai na Igreja. Isto significaria também uma "pedagogia da confiança" acentuada que encoraja os leigos a contribuir, à sua maneira, com uma contribuição decisiva para a vida da Igreja. Os padres - que são relativamente poucos - tornar-se-ão cada vez mais funcionários que mantêm a organização da pastoral em certas áreas, ou decidem servir em primeiro lugar como "espirituais" à vida espiritual (interior) dos fiéis?

A orientação de acordo com a profecia do Padre Kentenich não oferece uma receita rápida. Pode, no entanto, fornecer critérios para determinar o que deve ser investido e o que pode ser salvo.

Essas poucas alusões mostram quanta força explosiva a "sociologia" de Schoenstatt contém, desde que não seja considerada apenas como uma regulação interna provada, mas como uma antecipação profética. O que foi desenvolvido pelo profeta "no laboratório" - por assim dizer - sob condições especiais, agora levanta a pretensão que se possa experimenta-lo em nível mas amplo. Se o simples fato de dar o passo, no pensamento, do laboratório para o espaço em grande demanda muita coragem, quanto mais a realização concreta.

e) Existência profética em uma Aliança de Amor
O Jubileu não deve apenas ajudar a iluminar de uma nova maneira o que vem crescendo. Quem quiser levar a cabo a missão de um profeta deve aderir intimamente ao profeta e de modo a viver ele próprio uma existência profética. Isto é caracterizado por uma vida "na realidade do sobrenatural". Somente a clarividência da fé, que deixa a segurança humana para trás, permite certa segurança na interpretação do tempo e dos caminhos de Deus. O profeta e sua mensagem podem ser entendidos apenas nesse espírito. Fé na Providência intensamente vivida é um exercício para isso.

A existência profética exige um salto muito arriscado, abandonando-se "cegamente" à direção de Deus e confiando no que Ele na história do profeta já fez. Aos discípulos do profeta, sem eles provocando conscientemente, os espera de algum modo também o destino de um profeta. E isto é porque a mensagem desse profeta provavelmente por um longo tempo ainda estará em oposição ao atual modo de pensar e de viver na Igreja. Sua mensagem pode despertar sempre novamente reações alérgicas em contra. Aos discípulos do profeta não devem viver pendentes elogios por parte da autoridade, ou reconhecimento pela opinião pública, porque isso arruina a profecia.

Na Aliança de Amor, como o Fundador viveu o 31 de maio de 1949, ele dá sua própria impotência e desamparo em uma entrega filial radical de si mesmo. É por isso que a parte contratante do além tem todas as possibilidades de usar seu "instrumento" para realizar a profecia.


A pergunta feita no começo, sobre as possibilidades de evitar o "inofensivo" e o "nivelado", nos leva à a forma schoenstattiana específica de relembrar: Solidariedade com o que aconteceu através de uma profunda renovação da Aliança.

SÉRIE SOLIDARIEDADE COM O FUNDADOR V de VI

Um texto e um assunto muito atual!
Aqui o leitor terá o privilégio de ler, analisar e meditar um excelente artigo sobre a pessoa do Fundador de Schoenstatt. Os autores, reconhecidos como schoenstattianos, alguns já falecidos, tentam responder à desafiadora questão de como compreender, amar, empatizar e seguir o Pai e o Fundador após sua morte. Ainda deixando-lhe inúmeras questões abertas sobre o desenvolvimento de Schoenstatt nos tempos vindouros. Devido à extensão do texto, a redação do NAZARÉ VIVO dividiu-o em pequenos capítulos em uma pequena série chamada “Solidariedade com o Fundador", facilitando sua leitura. Obrigado

Este artigo foi publicado no Regnum, 1 de fevereiro de 1999, p.5-15. Regnum é uma revista do Movimento Apostólico de Schoenstatt na Alemanha. Este artigo pertence a uma série que é publicada sob a responsabilidade do comitê de redação constituído pelas seguintes pessoas: P. Günther M. Boll, P. Ángel Strada, P. Lothar Penners, P. Rainer Birkenmaier, Bárbara Albrecht e Herta Schlosser.

A série de artigos quer, segundo o mesmo comitê, esclarecê-la, para chamar a atenção para alguns eventos ou tendências em que se descobre um desafio para Schoenstatt.

O motivo deste artigo é a comemoração do 50º aniversário de 31 de maio de 1949, terceiro marco na história de Schoenstatt.

Leitura essencial para um líder de Schoenstatt.

A tradução espanhola é trabalho do padre Horacio Sosa C. (falecido)
A tradução portuguesa é responsabilidade do padre Marcelo Aravena
                                                               
Interpretar profeticamente de novo o herdado (continuação)

b) Um pequeno campo religioso vital
Outro exemplo pode ajudar a esclarecer o que é essa nova interpretação da profecia: O santuário-lar não é apenas um cantinho folclórico piedoso, mas uma forma original de ligar Maria e Deus Trino do eixo da esfera pessoal e o ponto de partida para a penetração do mundo no sentido de evangelização em face de um mundo totalmente secularizado. Quem vê isso e continua a desenvolver essas formas, pode unir tendências dentro da Igreja orientadas para o futuro e até mesmo aprofundá-las e enriquecê-las com os valores centrais de nossa fé. Assim como o santuário-lar apresenta e atualiza a realidade do santuário original, a Igreja deve tornar-se minha esfera vital em pequeno, isto é, uma Igreja doméstica e não apenas um grande conjunto de ensinamentos, uma instituição distante.

c) De uma organização para um ‘organismo familiar’
Todas as comunidades em Schoenstatt cultivam um acentuado caráter familiar. Naturalmente, nos Institutos, uma autoridade legal obrigatória na condução é conscientemente reconhecida. Mas o Pe. Kentenich exigiu que todos que tivessem autoridade ganhassem autoridade sobre o caminho da vida, autoridade moral. O decisivo é que todas as formas de direção servem à vida.

Em Schoenstatt não há possibilidade de se dispor sobre as diferentes comunidades de uma Central. Todo sistema é necessariamente baseado na dinâmica dos processos vitais, numa comunicação rica em tensões e na "aplicação democrática", pois, de outro modo, não poderia existir devido aos laços legais extremamente fracos. Aqui também encontramos uma profecia vivida através da qual Schoenstatt é notoriamente distinguido de outros modelos para o futuro da Igreja, que são muito mais centralistas.

A vida deve ter prioridade sobre a estrutura. As pessoas e suas conexões são mais importantes que os parágrafos. O serviço desinteressado e a capacidade de acolher e estimular os processos da vida são mais importantes do que estarem revestidos de amplos poderes. A permanente "cultivo do espírito", por exemplo, no trabalho com os lemas do ano ou na preparação intensiva de atos comunitários, também significa uma formação contínua da capacidade de comunicação e fraternidade. Quem quer fazer algo em Schoenstatt tem que ser um portador de espírito, ele tem que saber como conquistar corações em liberdade e despertar uma corrente de vida. Neste sentido, surgiram muitas formas cuja importância só é descoberta - apesar de todas as imperfeições na realização - se são entendidas como projetos preliminares para uma Igreja e uma sociedade de amanhã.

Schoenstatt é eclesial de um modo evidente. Quer contribuir para que os Bispos, por exemplo, sejam reconhecidos em sua importância para a Igreja local e que a obediência eclesial seja magnânimamente vivida. Mas o 31 de maio também significa a exigência de uma liderança eclesial que não é simplesmente um assunto de negócios, nem algo de funcionários, que não é um domínio autoritário, mas paternidade que estimula a vida, que - como em qualquer boa família - respeita a sério cada membro e - de uma forma amplamente democrática - deixa que ele dê a sua opinião livremente.


(Este texto continua no próximo post VI)

7 de jul. de 2018

SÉRIE SOLIDARIEDADE COM O FUNDADOR IV de VI

Um texto e um assunto muito atual!
Aqui o leitor terá o privilégio de ler, analisar e meditar um excelente artigo sobre a pessoa do Fundador de Schoenstatt. Os autores, reconhecidos como schoenstattianos, alguns já falecidos, tentam responder à desafiadora questão de como compreender, amar, empatizar e seguir o Pai e o Fundador após sua morte. Ainda deixando-lhe inúmeras questões abertas sobre o desenvolvimento de Schoenstatt nos tempos vindouros. Devido à extensão do texto, a redação do NAZARÉ VIVO dividiu-o em pequenos capítulos em uma pequena série chamada “Solidariedade com o Fundador", facilitando sua leitura. Obrigado

Este artigo foi publicado no Regnum, 1 de fevereiro de 1999, p.5-15. Regnum é uma revista do Movimento Apostólico de Schoenstatt na Alemanha. Este artigo pertence a uma série que é publicada sob a responsabilidade do comitê de redação constituído pelas seguintes pessoas: P. Günther M. Boll, P. Ángel Strada, P. Lothar Penners, P. Rainer Birkenmaier, Bárbara Albrecht e Herta Schlosser.

A série de artigos quer, segundo o mesmo comitê, esclarecê-la, para chamar a atenção para alguns eventos ou tendências em que se descobre um desafio para Schoenstatt.

O motivo deste artigo é a comemoração do 50º aniversário de 31 de maio de 1949, terceiro marco na história de Schoenstatt.

Leitura essencial para um líder de Schoenstatt.

A tradução espanhola é trabalho do padre Horacio Sosa C. (falecido)
A tradução portuguesa é responsabilidade do padre Marcelo Aravena

                                                             
Interpretar profeticamente de novo o herdado
Cada um dos pontos da teoria e prática do Fundador deve ser redescoberto e desenvolvido à luz do dia 31 de maio. Cada um dos conteúdos tomados em si é como uma pequena pedra de mosaico que certamente pode se encaixar no sistema tradicional de pensar e viver. Mas o Fundador tão decididamente defendeu as concretizações censuradas pelo “Visitador” porque o fato de questioná-las parecia indicar que pouco se entendia o que realmente importava neste momento de transição. A luta pelo detalhe tornou-se importante porque foi apropriadamente a interpretação profética da doença do tempo e do desenvolvimento da Igreja. Isto também significa, é claro, que em uma situação histórica diferente não serão abordadas as concretizações que surgiram em outro tempo, mas a redescobrir a profecia encarnada escondida lá.

O próprio Padre Kentenich tinha esse princípio: o espírito procura necessariamente uma forma pela qual se expresse, mas existe o perigo de que a forma devore o espírito e caia em estagnação. Em primeiro lugar, não se trata de suprimir ou modificar arbitrariamente as formas que surgiram. Mas é urgente ver as concreções à luz da profecia, perceber seu significado para o futuro e, a partir dessa perspectiva, aplicá-las e continuar a desenvolvê-las. Alguns exemplos podem ajudar a ilustrar esse processo.

a) Torne-se "eu" de maneira espiritual
O sistema de auto-educação do pedagogo Kentenich, por exemplo, não quer ser interpretado apenas como uma nova edição considerável e o desenvolvimento de um ascetismo provado. Com base nesse mal-entendido, Schoenstatt foi mal interpretado e denunciado como uma espécie de "clube de auto-santificação”. A novidade de seu sistema pedagógico e dos meios aplicados nele são entendidos corretamente quando são interpretados contra o pano de fundo de sua análise do tempo: todos os suportes tradicionais do cristianismo cairão. Não há mais "parede chinesa". Mesmo as paredes do convento mais espessas são penetradas pelo espírito do tempo. O cristão do futuro deve ser "capaz de viver na diáspora", o que requer uma enorme reorientação em todos os sentidos.

Nesta perspectiva alguns elementos aparentemente tradicionais  adquiriram uma nova importância, tais como a doutrina do "Ideal" pessoal (hoje diria-se “vocação pessoal") e o método de auto-educação e direção espiritual que são baseados nele. No futuro, todo cristão terá que ser capaz de levar uma vida espiritual independente da situação que o rodeia e viver, por assim dizer, em um convento invisível com o cultivo permanente do espírito. A fé tem que estar enraizada no interior do homem. A pedagogia de Schoenstatt tem como objetivo fortalecer o cristão em seu caminho para a auto-descoberta humano-espiritual com métodos originais e uni-lo a Deus a partir das camadas mais profundas de sua psique, de forma a ser capaz de seguir em frente e ser um fator para a transformação do mundo.

Aqui estão os pontos de partida para a resposta à certas questões que a psicologia moderna coloca à Igreja. Muitas pessoas buscam, por exemplo, uma maneira melhor de assumir a auto-condução de sua vida, para a qual existem elementos de auto-educação em Schoenstatt para uma resposta cristã e seu desenvolvimento.

 É claro, a condição para que isso seja possível é preciso colocar o que Schoenstatt já tem desenvolvido no contexto da busca do homem atual -enriquecendo-se mutuamente - e assim não ficar preso na mentalidade das “velhas praias”.


(Este texto continua no próximo post V)
SÉRIE SOLIDARIEDADE COM O FUNDADOR III de VI

Um texto e um assunto muito atual!
Aqui o leitor terá o privilégio de ler, analisar e meditar um excelente artigo sobre a pessoa do Fundador de Schoenstatt. Os autores, reconhecidos como schoenstattianos, alguns já falecidos, tentam responder à desafiadora questão de como compreender, amar, empatizar e seguir o Pai e o Fundador após sua morte. Ainda deixando-lhe inúmeras questões abertas sobre o desenvolvimento de Schoenstatt nos tempos vindouros. Devido à extensão do texto, a redação do NAZARÉ VIVO dividiu-o em pequenos capítulos em uma pequena série chamada “Solidariedade com o Fundador", facilitando sua leitura. Obrigado

Este artigo foi publicado no Regnum, 1 de fevereiro de 1999, p.5-15. Regnum é uma revista do Movimento Apostólico de Schoenstatt na Alemanha. Este artigo pertence a uma série que é publicada sob a responsabilidade do comitê de redação constituído pelas seguintes pessoas: P. Günther M. Boll, P. Ángel Strada, P. Lothar Penners, P. Rainer Birkenmaier, Bárbara Albrecht e Herta Schlosser.

A série de artigos quer, segundo o mesmo comitê, esclarecê-la, para chamar a atenção para alguns eventos ou tendências em que se descobre um desafio para Schoenstatt.

O motivo deste artigo é a comemoração do 50º aniversário de 31 de maio de 1949, terceiro marco na história de Schoenstatt.

Leitura essencial para um líder de Schoenstatt.

A tradução espanhola é trabalho do padre Horacio Sosa C. (falecido)
A tradução portuguesa é responsabilidade do padre Marcelo Aravena
                                                               
Visão da Candelária
Se, nesse sentido, o profeta foi confirmado quanto aos efeitos da doença, deve ser razão suficiente para confiar na análise das causa da doença e estudar e aplicar suas propostas de solução.  Para entender essa perspectiva do Profeta Kentenich, os responsáveis na Igreja precisam de uma iluminação especial do Espírito Santo que lhes permita descobrir neste homem e em seu Movimento uma possibilidade especial.

Com todas as reservas do caso, um acerta analogia poder ser feita com a apresentação do menino no templo:  Somente no Espírito Santo eles poderiam reconhecer naquele menino o Messias.  A igreja tomará - a través de sua hierarquia - este novo carisma profético em seus braços, como fez o velho Simeão, e reconhecerá o que lhe é dado com esta “criança”?  A aceitação de um carisma já é um don do Espírito Santo para sua Igreja, que deve ser implorado y sofrido.  Esses “eventos da Candelária” sempre ocorreram na Igreja, que - em alguns casos depois de muitas hesitações - abriram um novo espaço para o carisma e, portanto, novas portas para a própria Igreja.  Naquele momento histórico,  o chefe da Igreja foi iluminado de maneira especial.  Naturalmente, a história da Igreja também é “rica” em eventos trágicos contrários, y que - para o grande dano da Igreja - reprimiram novas erupções carismáticas.  Está muito em jogo.

A comemoração do 31 de maio exige uma nova maneira de ver as coisas não apenas às autoridades da Igreja, mas também todos aqueles que chegaram à convicção da fé de que Schoenstatt é uma oferta da graça que Deus faz em nosso tempo.  E que eles se uniram à Familia de Schoenstatt através da Aliança de Amor, porque você também pode interpretar tanto o Padre Kentenich quanto seu carisma de uma maneira muito tradicional e, portanto, de uma maneira não profética.  Para esta mudança de perspectiva, uma iluminação especial do Espírito Santo no sentido de uma “visão da Candelária” é necessária no próprio Schoenstatt.

O que aconteceu em 31 de maio é, portanto, um fato que está ligado de uma maneira muito especial com o Espírito Santo e sua ação.  O Jubileu traz à mente a grande e ambiciosa missão de Schoenstatt, mas também nos faz reconhecer - precisamente nesse sentido - o desamparo e as limitações quase cada vez maiores do próprio Movimento.  “Como pode ser isso?”  A Família de Schoenstatt medida pela perspectiva de profecia é ainda nenhuma poderosa corrente de renovação na estrada para a “nova praia” com o qual enfrentar e mostrar solidariedade a amplos círculos da Igreja.

A celebração do Jubileu como solidariedade com um profeta deve ser apoiada por uma aliança de amor especial com o Espírito Santo, que é autor da profecia e cujo instrumento é o profeta Kentenich.  Somente aqueles que estão pessoalmente dispostos a se entregar ao Espírito Santo podem ir à escola do profeta e serem co-responsáveis pela missão.

Este processo espiritual que coincide com a passagem para o novo milênio não ocorre em um espaço abstrato.  A Família de Schoenstatt recebeu uma herança incrivelmente rica do seu Fundador.  É difícil não somente preservar e fielmente continuar esta herança, mas além disso - no Espírito Santo - frutificá-la (por assim dizer) para o novo tempo e atualizá-la de acordo com as diferentes situações.

Apenas quem está convencido do carisma de Schoenstatt e aderiu ao profeta Kentenich não pode desperdiçar esta preciosa herança ao baixo preço das opiniões correntes (“que não se pode dizer mais assim”).  Isso por um lado.  Porque seria infidelidade e traição diante das gerações vindouras a quem esse tesouro pertence na realidade.  Mas, por outro lado, é preciso coragem espiritual para confiar ainda mais decisivamente no atual significado da profecia e em seu poder de construir o futuro.  Deve ser retirado de sua reserva -“descongelado” - em um processo espiritual, por homens que, no espírito do profeta e guiados pela fé na Providência, percebem o que o profeta quer dizer hoje através de seus discípulas e discípulos.


(Este texto continua no próximo post IV)