23 de out. de 2020

Ataduras às coisas que bloqueiam os vínculos

 Ataduras às coisas que bloqueiam vínculos 


Um campo que impede a liberdade interior são nossas ataduras que nos escravizam às coisas. O Pai e Fundador costumava comentar que fazemos muitas concessões ao mundo. E assim condenamos a nós mesmos e aos que nos rodeiam, à mediocridade. 


“Não podemos servir a dois amos, não podemos servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24), nos adverte Jesus. Hoje em dia é enormemente difícil viver no meio do mundo e não sucumbir diante o espírito do mundo. Os santos o comparam com uma teia de aranha que aprisiona os homens e não os solta mais.


Apreender a fazer a diferença 


Se quisermos resumir um pouco a imagem desse homem novo que há de criar um mundo novo, havemos de dizer que é um homem diferente, um homem que vive de maneira distinta dos demais. Teremos que atuar de forma diferente no matrimônio, na vida familiar, nos negócios, na empresa, na política, na relação com os homens. Nisso tudo deveremos distinguir-nos dos demais. 


Os primeiros cristãos tiveram a audácia de ser distintos. E por isso criaram um mundo novo, um mundo impregnado pelos valores cristãos. Ser diferentes significa muitas vezes, passar por loucos, assim como os primeiros cristãos passaram por loucos. Significa também lutar contra o pecado em todas as suas formas, começando por si mesmo, mas também lutar contra muitas situações de pecado no mundo que nos rodeia. 


È por isso que os primeiros cristãos diziam: “Non sine sanguine”, não sem sangue. O mundo não se transforma o Reino de Deus não avança sem sangue. E pode ser que em alguns casos Deus permita também o sangue do martírio. O P. Fundador esteve a ponto de derramar esse sangue.


O Padre Fundador foi um homem que lançou as bases para um mundo novo e uma Igreja nova, ao preço de muita dor e sacrifício.


Ele passou por todas as lutas imagináveis. E ele pode ser fundamento para um mundo novo porque venceu em si mesmo os problemas do mundo novo.

E então, apesar de tudo, temos que atrever-nos a ser distintos, a passar por loucos, a lutar contra o mal em nós mesmos e assim viver antecipadamente o mundo de amanhã.


Estilo de vida


Por outro lado é necessário que cultivemos consequentemente um estilo de pobreza evangélica em nossa vida. Deus nos pede conquistar um estilo de vida austero, centrado em ser mais e não em ter mais, centrado em confiar em Deus e na sua providencia e não em nossos bens. 


Por isso, havemos de criar um novo estilo de vida, mais simples, mais forte. Pensemos por exemplo em nossa vestimenta, nossa comida, nosso estilo de festas, nossas férias, nossas casas, nossos bens, nossos veículos, etc.


Também em nossos grupos devemos buscar formas concretas para poder crescer na simplicidade e sobriedade, no desprendimento e no compartilhar solidário. Um membro da Família de Schoenstatt não pode deixar-se guiar neste campo pela sociedade de consumo, pela cultura materialista e secular. Nisso temos que ser homens diferentes, homens que vivem de maneira diferente. 


Devemos nos distinguir dos demais por nosso estilo de vida simples e sóbrio, por nossa independência da sociedade de consumo.


Perguntas para a reflexão


  1. Em que nos diferenciamos dos demais?
  2. Como é nosso nível de vida?
  3. Em que medida nós estamos influenciados pela sociedade de consumo?



Pe. Nicolas S.

Pe. Marcelo A.

Obstáculos no relacionamento com o pai divino e o pai de família

 Obstáculos no relacionamento com o pai divino e o pai de família


Não há dúvida que muitos países possuem um grande amor à Santíssima Virgem. Mas chama a atenção que alguns povos tão marianos, não manifestem igual sentido para uma vinculação pessoal profunda com o Pai de Cristo. E acontece muitas vezes o caso de que alguém cortou sua relação com Deus, tornou-se ateu, mas segue mantendo, entretanto a relação com a Virgem; parece ser o último que se perde.


A razão desta situação não é difícil de entender, se olhamos de perto a realidade da família. O pai é, em muitas famílias, uma figura muito débil. Em comparação com a mãe, resulta quase um estranho. Está ausente de casa durante todo o dia e, geralmente, carece de capacidade de diálogo pessoal com os seus. Seu trato é normalmente distante e duro. Nos setores populares é ele quem grita e bate que é autoritário e injusto com os filhos, que é alcoólico e por isso maltrata a mãe.


Nos níveis médios e altos, a crise de paternidade não se expressa tanto em violência. O pai é aí geralmente o grande ausente do lar: o que sempre está ocupado em coisas importantes que não lhe deixam tempo para os filhos. Acredita que sua função paterna se reduz a trabalhar por sua família, a dar-lhe coisas aos seus. Quantos filhos dão a entender claramente que preferiam ter menos dinheiro, e ter um pai mais próximo.


Para muitos, a palavra “pai” é uma palavra que só evoca rebeldia ou frustrações. À jovens feridos ou frustrados pelo pai ausente ou violento, não podemos dizer-lhes: Tenho uma boa noticia: Deus é Pai e te ama. À jovens que rechaçam o seu pai e tratam de fugir dele, essa boa notícia de Deus Pai se transforma em uma má notícia. 


Por isso, o Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt, afirma que vivemos como o filho pródigo, em “estado de fuga da casa do Pai”. Em sua opinião, o problema do ateísmo moderno se deve, em primeiro lugar, a crise da família. “Tempos sem pais são tempos sem Deus”.


Crise de pai, crise de autoridade


Aqui reside a causa mais profunda da crise de autoridade, tanto na sociedade como na Igreja. No fundo trata-se do rechaço a uma autoridade que o homem de hoje identifica com a do próprio pai. O deterioro da autoridade familiar o leva a considerar abusiva e opressora qualquer autoridade. O homem moderno pensa que o próprio da autoridade é “mandar”. Numa cultura da eficácia, a autoridade se reduz a isso: a mandar, porque a ordem é o mais rápido.


Mas a função da verdadeira autoridade é dar vida, fazer crescer. Modelo dessa autoridade é Deus Pai Todo Poderoso e seu reflexo, o Bom Pastor. Por isso, a criança recém nascida, não se lhe dá ordens. Simplesmente, se lhes veste, se lhe alimenta, se lhe acaricia, se lhe ensina. 

Ninguém ensina a caminhar a uma criança dando-lhe ordens, mas se lhe dá a mão, anima-lhe. A ordem só tem sentido se ajuda a crescer. A autoridade, qualquer autoridade só se justifica se está ao serviço da vida, como fonte de vida.


Que pobre é, frente a esta visão, o conceito atual de autoridade! Em todos os níveis, a autoridade humana foi-se distanciando de seu modelo, Deus Pai. Quem deveria refleti-lo, no plano religioso, político, laboral e familiar, não o refletem. Por isso, as palavras “pai” ou “autoridade”, a muitas pessoas lhes soam ocas ou lhes produzem rechaço. 


Como receberão o anúncio de um Pai providente que sempre nos mira e que com poder infinito nos tem ao alcance de sua mão? Será, sem dúvida, a pior e mais deprimente notícia que possam escutar.


Perguntas para a reflexão


  1. Brindo meu tempo privilegiado a minha família?
  2. Como foi minha relação com meu pai natural?
  3. É fácil vincular-me com Deus Pai?



Pe. Nicolas S.

Pe. Marcelo A.

O respeito e dignidade entre pais e filhos: um vínculo de amor

 O respeito e dignidade entre pais e filhos: um vínculo de amor


Quando um filho nasce, o amamos porque é nosso filho. Mas realmente amamos um pequeno grande mistério. Não sabemos como é, que características tem, qual será sua vocação. Não sabemos, em definitivo, qual é o querer de Deus para ele. A verdade é que não sabemos nada. Desta realidade surge como uma expressão de nosso amor o respeito.


Que é o respeito dos pais? É uma atitude de consideração expectante e benevolente pelo que o filho é, pelo que pode ser, pelo que deve ser, conforme o querer de Deus. E na medida em que o mistério dessa vida vai-se revelando e os pais o vão descobrindo, o apararão e começarão a orientá-lo com amor respeitoso. Isto lhes exige uma atitude de meditação e de diálogo sobre a realidade do filho, para ir descobrindo a vontade de Deus que há nele.


Que hão de respeitar então no filho? O primeiro é o respeito a sua dignidade de filho de Deus e a sua dignidade de pessoa. Porque cada filho é criatura nascida pelo amor de Deus e habitada por Ele. E nosso respeito mais profundo se dirige a Deus e sua presença no filho. E Deus o quer tal como é: com essa realidade física, com essas qualidades humanas, essas inquietudes e desejos e também essas imperfeições. E nós havemos de aceitá-lo e respeitá-lo tal como é.

E isso inclui também, em segundo lugar, respeito ao processo de seu crescimento e desenvolvimento. É um respeito ativo que implica estimular, apoiar, motivar e compreender esse desenvolvimento. É um respeito que sabe que todo o processo é uma busca e uma realização desse ser pessoal, único, original e livre que há de chegar a ser nosso filho, segundo o querer de Deus. 


O Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt, exorta o respeito: “Temos que cuidar-nos ante o inimigo mortal do autêntico respeito: o molde. Por favor, não introduzam moldes na educação!”


Mas também aos filhos lhes corresponde ter a mesma atitude de respeito frente a seus pais, segundo o mandamento divino de “honrar pai e mãe”.


E o melhor caminho para conseguir este respeito deles, nos indica São Mateus em seu evangelho (7,12): “Tudo o que queiras que os demais façam contigo faça-lo tu com eles”. 

Creio que é difícil inventar um principio mais sábio e rotundo que este. Aplicado a nosso caso: Queres ser respeitado? Respeita! Ou como afirma o Padre Kentenich: “respeito al ser regalado pelo educador, recebe como um eco, o respeito do educando”.


Quando existe respeito, essa consideração recíproca -apesar e através de todas as falhas- então a convivência familiar é tolerável, é agradável, é maravilhosa. Este respeito tem que ser acompanhado de amor, porque não há autêntico amor sem respeito. E segundo o Padre Kentenich, o respeito é hoje em dia mais necessário ainda que o amor. Porque a carência de respeito ante tudo o vital, é uma enfermidade de nossa época.


Os pais humanos. Se quisermos previver o Reino de Deus aqui na terra, os pais humanos devem ser verdadeiras autoridades paternais, reflexos de Deus. O que se busca, são pais cheios de amor, pais generosos, compreensivos, misericordiosos, tal como o Pai celestial o é para conosco. E a pergunta é se nós estamos à altura dessa paternidade. O que nós se um filho nosso vai por um mal caminho? Que faço p.ex. se um filho me rouba dinheiro ou falsifica um cheque do meu talão? Rompo sua cabeça? O que faço se uma filha, solteira, está grávida? Mando-a embora de casa? Qual é minha reação a situações deste tipo? É uma reação de justiça, violência, amor? Sou capaz de atuar como o pai do filho pródigo, é dizer, com essa generosidade incrível, essa compreensão incompreensível, esse amor misericordioso? 


São necessários mais pais desse tipo, dessa grandeza. Que desenvolvam uma nova paternidade, paternidade humana e divina a vez.


Perguntas para a reflexão


  1. Como é a relação com meus filhos?
  2. Respeito meus filhos ou só exijo respeito?
  3. Consulto com meu cônjuge as decisões?




Pe. Nicolas S.

Pe. Marcelo A.

22 de out. de 2020

Escravidões exteriores que bloqueiam os vínculos

 Escravidões exteriores que bloqueiam os vínculos e o que não é apostólico


Um campo que influi fortemente sobre nossa liberdade interior são as pressões que nos chegam de parte de outros. São por exemplo: pressões de pessoas próximas “que querem apenas o melhor para nós”. E com esse motivo nos invadem. 


Muitas vezes o permitimos, porque nos sentimos inseguros, não sabemos que fazer. Ou nós mesmos miramos de soslaio aos outros, para ver como eles fazem, como faz a maioria. Ou queremos aparecer bem diante dos demais, para que não nos critiquem.


Mas eu sou eu mesmo. Tenho que viver minha própria vida, com meu estilo e ritmo particulares, meus limites e minhas originalidades. Minhas prioridades determinam minhas decisões. Os outros não podem decidir sobre mim, com seus pedidos, sugestões e pressões. 


É verdade, tenho que manter-me sensível frente às necessidades dos demais. Mas não podem atropelar minha liberdade interior, obrigar-me a fazer algo que não quero fazer. Nisso temos que unir ternura e firmeza.


Outro perigo são os meios de comunicação que nos querem pressionar e manipular. Resulta que esses meios, muitas vezes, pensam por nós, decidem por nós, planificam o futuro por nós. E permitimos que nos imponham tudo. E assim nos convertemos, aos poucos, em escravos da opinião pública ou como diria o Padre Fundador, em homens massificados. Assim vamos perdendo a capacidade de tomar interiormente posição frente ao que escutamos ao que vemos ou lemos.


Fruto dessa mentalidade é o que o Padre Fundador chama de homem-cine ou homem-televisão. É o homem descontínuo que vive de sensação em sensação, de impressão em impressão, a toda velocidade, sem parar, sem bússola e sem sentido. 

Um símbolo típico disso é o “zapping”. Desse homem diz o Padre Kentenich, que perdeu sua alma, que é a descontinuidade personificada, a perfeita despersonalização. Aqui têm, com poucas palavras, a enfermidade e a cruz do homem moderno: É um homem que vive e depende de sensações superficiais.


Aí está também a moda, eixo ao redor do qual gira a sociedade pós moderna. As “revistas do coração” fazem de transmissor: por exemplo, a mulher light imita a forma de vestir dos personagens que aparecem nelas, suas expressões, seu tipo de vida vazio. E tudo isso termina na frivolidade e superficialidade.


Devemos ser mais críticos frente à sociedade moderna, e frente aos valores-antivalores que propaga. E também devemos procurar fazer uma síntese serena de todas as notícias e opiniões que nos bombardeiam.


Outro tema importante para nós é o das ocupações, compromissos e tarefas apostólicas. Muitos de nós somos gente muito ocupada, e gente ocupada é gente importante. Entretanto, pode ser que sejamos simplesmente adictos ao trabalho. Ao melhor temos muito de Marta e pouco de Maria. E apesar disso talvez não possamos cumprir com tudo. Então, o que podemos fazer?


Primeiro teríamos que ter clareza sobre nossas prioridades pessoais. Ajuda muito, sobretudo em tempos de sobrecarga. 


E ao outro: será que não sabemos dizer não, quando nos pedem algo? 

Também no apostolado: “o não apostólico” é tão importante como “o sim apostólico”. Assim posso dedicar-me àquele apostolado para o qual tenho aptidão e carisma. Quando me propõem alguma tarefa, convém não aceitá-la logo senão pedir tempo para pensar ou conversar com o cônjuge.


Perguntas para a reflexão


  1. Sou crítico diante das "fake news"?
  2. Repito o que dizem os meios de comunicação, como verdades absolutas?
  3. É-me difícil dizer não aos pedidos. Ou digo que sim e depois não cumpro?
Pe. Nicolas S.
Pe. Marcelo A.

Crescer na vinculação a Deus Pai - O Vinculo Fundamental

 Crescer na vinculação a Deus Pai - O Vinculo Fundamental


Existe uma proposta do Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt, para crescer em nossa aproximação e vinculação ao Pai. Ele a chama: caminhar na presença de Deus. Consiste em três atos simples: “mirar frequentemente a Deus, com olhos de fé; conversar com frequência com Deus; com amor filial; oferecer com frequência sacrifícios a Deus”. 


E acrescenta: Se querem saber por que não chegam a uma vinculação profunda com Deus, só tem que perguntar-se: Qual ou quais destes três elementos não estou vivendo?


1. Mirar frequentemente ao Pai com olhos de fé. Como posso fazê-lo, apesar de minhas atividades? Lembremos o tempo de nosso noivado. É evidente, quando dois se querem, têm saudades e se comunicam mutuamente. Dessa experiência tenho que aprender para cultivar meu amor a Deus. O que fiz naquele tempo de modo espontâneo, agora tenho que aprendê-lo através do exercício. Devo treinar mirando ao Pai várias vezes ao dia. Sem esse esforço nunca chegarei a uma relação mais pessoal com Ele.


Concretamente, deveria aproveitar melhor meus momentos de oração, de leitura espiritual e de meditação para que sejam realmente encontros de pessoa a pessoa com Deus.


2. Conversar com frequencia com o Pai com amor filial. Como posso conversar com frequencia com o Pai? Para muitos ainda é difícil rezar, entrar num diálogo profundo e pessoal com Ele.

Entretanto, a oração é absolutamente necessária, porque é a respiração da alma; sem ela não podemos sobreviver. Cada momento de oração deve acrescentar em nós o amor a Deus, a entrega amorosa a Deus Pai.

Tenho que aprender a dialogar com Deus Pai sobre as coisas diárias de minha vida. O Padre Kentenich opina que seríamos mais serenos interiormente e mais sãos psiquicamente, se nossos problemas diários o levássemos a Deus, conversáramos com Ele, se reflexionáramos sobre os encontros diários com Deus.


Creio que em tudo isso devemos buscar um tratamento mais íntimo, mais espontâneo, mais simples e filial com Deus Pai. 


O ideal a que devemos aspirar é rezar não somente com frequência, mas rezar sempre. São Paulo também o diz: “Orem sem cessar” (1 Tes. 5 17). Que se entende por isso? É a disponibilidade do coração de não negar nunca nada a Deus: uma abertura permanente para seus desejos, uma atitude de Lhe responder sempre sim, uma disposição interior de adorar a vontade do Pai em cada circunstância. 


É a experiência misteriosa de que não estou nunca só, porque Deus está sempre comigo e em mim. Esse contato permanente com o Pai supõe que minha alma está captada por Deus até o subconsciente. Isso só é possível se o Espírito Santo nos regala seus dons.


3. Oferecer com frequência sacrifícios ao Pai

Se, quero aprender a viver na presença de Deus, então é evidente que devo também oferecê-lhe sacrifícios. Com minha natureza humana tão frágil e limitada, não posso esperar chegar a uma vinculação plena de amor, sem um espírito de mortificação heróica. Sob a ordem do pecado e da cruz não existe o amor sem sacrifício.


O que poderia oferecê-lhe? Coisas da vida diária. Por exemplo: os sacrifícios que garantam a educação de meu temperamento ou caráter; o sacrifício que significa para muitos de nós, nosso trabalho profissional exemplar; nossa luta por levar adiante com dignidade o matrimônio e a família…


Perguntas para a reflexão


  1. Penso em Deus como meu Pai do Céus
  2. Tenho momentos de encontro com Deus?
  3. Conto-Lhe minhas alegrias e penas?
  4. É difícil para eu fazer sacrifícios e oferecê-los a Deus?
Pe. Nicolas S.
Pe. Marcelo A.

AMAR A CRISTO - NOSSO VINCULO PRINCIPAL

  Amar a Jesus Cristo - Nosso Vinculo Principal


A historia humana é uma impressionante busca de amor, acompanhada de maravilhosos êxitos e grandes fracassos. A aspiração mais profunda do coração humano é o desejo de amar e de ser amado. Ele foi criado por amor e para o amor, e apenas no amor pode desenvolver-se e tornar-se fecundo.


É, certamente, também uma experiência nossa: O amor é o essencial e principal de nossa vida humana. E conhecemos também a outra cara da moeda: Somente é estéril quem vive sem amor; só o egoísta fracassa em sua vida.


Na vida do cristão, o amor tem que manifestar-se em duas dimensões: para Deus e para os irmãos. E é na pessoa de Jesus Cristo que se une, se cruzam estas duas dimensões do amor. Ele é o HomemDeus. Nele reconhecemos e encontramos, por sua vez, a Deus e ao homem. Por isso, quando amamos a Jesus se confundem em uma só coisa, o amor a Deus e o amor aos homens. Assim, a vinculação fundamental, o amor original do cristão deve dirigir-se a Jesus Cristo.


É por isso que Jesus pergunta a Pedro três vezes por seu amor a Ele: “Simão, filho de João, me amas?” Um amor vital, profundo e pessoal a seu Mestre é o mais importante e decisivo nesse momento, em que Jesus chama Pedro para ser chefe dos apóstolos e da Igreja.


Mas, me parece que esta pergunta de Jesus se dirige não apenas a São Pedro, mas também a todos nós. Cada um de nós, no profundo de seu coração, deve responde-lhe. Cada um de nós deve examinar-se a si mesmo, deve examinar sua atitude, sua fidelidade, seu amor frente a Jesus Cristo.


E então fica a pergunta: Que podemos fazer para que cresça e se aprofunde nosso amor a Cristo? Parecem-me importante principalmente dois aspectos:


Primeiro. Devemos lutar contra o egoísmo, que está dentro de nós mesmos. Nenhum de nós, se quisermos ser verdadeiros cristãos, pode desistir desta luta diária. 


Somente esta renuncia ao amor egoísta torna o homem livre, aberto e generoso para amar verdadeiramente a Cristo e aos demais. 


Segundo. Para poder amar a uma pessoa, temos que conhecê-la temos que nos interessar por ela. Para poder amar a Jesus temos que conhecê-Lo, olhando sua vida, escutando seus ensinamentos.


Se não o conhecemos, se não sabemos nada de sua generosidade, nem de sua entrega desinteressada, nem de seu amor abundante para nós então nunca vamos a corresponder a seu amor. 


Por isso temos que dedicar tempo a Ele, para ler seu Evangelho, para falar com Ele, para conhecer e meditar sua vida, para ficarmos em Sua companhia.


O que dissemos de Jesus Cristo, podemos dizer também de sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria. Para crescer na vinculação e amor a Ela, temos que conhecê-la mais, aproximar-nos a Ela, falar-lhe, compartir nossa vida, nossos desejos, nossas preocupações com Ela.


Peçamos a Jesus e a Maria que levem de nós esse egoísmo tão penetrante que deixa infecunda nossa vida, e que acendam em nosso coração o fogo do amor que torna autêntica e grande nossa existência.

Perguntas para a reflexão


1. Como trabalho contra o egoísmo?

2. Quanto tempo ao dia penso em Jesus?

3. Como é minha relação com a Virgem Maria?



Pe. Nicolas S.

Pe. Marcelo A.

O HOMEM NOVO VIVE UM FORTE VÍNCULO A MARIA, AO SANTUÁRIO E AO PAI FUNDADOR (Material Jumas, Brasil)

 O HOMEM NOVO VIVE UM FORTE VÍNCULO A MARIA, AO

SANTUÁRIO E AO PAI FUNDADOR

O SANTUÁRIO

O primeiro Santuário da Mãe Três Vezes

Admirável está localizado em Schoenstatt, na

Alemanha. No mundo inteiro já existem mais de

180 Santuários, iguais ao Santuário original, em

Schoenstatt. No Brasil existem mais de 20

Santuários espalhados em diversos Estados.


Uma característica específica dos Santuários de

Schoenstatt é o nada sem vós, nada sem nós.

Pela aliança de amor, Maria permanece no

Santuário e distribui graças em abundância, mas

pede que seus devotos lhe ofereçam zelosas

contribuições ao “Capital de Graças”. Este é um

grande apostolado que cada um pode realizar.

Assim ajudamos a abrir o caminho da graça, para muitas pessoas pois, pela

comunhão dos santos, o bem que fazemos reverte em bênçãos para os outros.


No Santuário de Schoenstatt, Maria Santíssima é venerada como 

MÃE,RAINHA E VENCEDORA TRÊS VEZES ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT.


Ela é MÃE porque foi dada como Mãe por Jesus agonizante na cruz, com as

palavras memoráveis: “Eis aí a tua Mãe”. Naquele momento, João representou

toda humanidade. Ela é o presente precioso que Cristo nos legou na cruz. Ela

é a Mãe de Cristo e a nossa Mãe.


Ela é RAINHA porque está acima de todas as criaturas, por sua dignidade de

Mãe de Deus. Deus a fez Imaculada, concebida sem o pecado original, cheia

de graça. Depois de sua Assunção ao céu, foi coroada como Rainha do céu e

da terra. É a Rainha porque é a Mãe de Cristo, o Rei do Universo.


Ela é VENCEDORA pelo poder que Deus lhe concedeu, de vencer e triunfar

em todas as batalhas contra os poderes diabólicos. É a vencedora em nós e

por nós, em todos os nossos problemas, nas lutas e dificuldades.


a) Abrigo espiritual

É a graça de um profundo encontro no coração maternal de Nossa Senhora e,

através dela, no coração de Cristo e de Deus Pai. Esta graça nos comunica a

segurança da fé, a certeza da confiança de filhos de Deus e do seu amor; o



saber-nos de verdade membros de Cristo, revestidos de nobreza divina e

partícipes de sua missão.


Por esta graça do Santuário, Maria quer sanar uma profunda ferida do homem

atual: um homem desvinculado, sem lar, sem família, que desconhece o

enraizamento em um tu humano e no Tu divino, que vive angustiado e

atemorizado, nervoso e inseguro existencialmente pelo presente e pelo futuro.


b) Transformação interior

Maria implora para nós no Santuário o Espírito Santo, que forja em nós vivas

imagens de Cristo. Esta graça faz fecundo o esforço pela nossa auto-educação

e nos leva a vencer em nós o “homem velho”, que se afasta de Deus pelo

pecado e se conforma com uma vida medíocre e egoísta. Faz-nos sensíveis à

voz do Senhor e dispostos a seguir em tudo a vontade do Pai; nos liberta das

múltiplas correntes que nos amarram e freiam o nosso crescimento interior, nos

tira da prisão do eu, para nos converter em pessoas abertas ao tu e dispostas a

servir os irmãos, a ser, de verdade, “homens novos” em Cristo.


c) Fecundidade apostólica (ou Envio)

Esta graça, que Maria nos dá no Santuário, em virtude da Aliança, vem

completar o sentido das duas graças anteriores, as quais não são unicamente

um dom que Deus nos faz pessoalmente. Elas representam, em primeiro lugar,

um presente para o mundo e para a Igreja, porque estas graças nos são dadas

para transmiti-las aos outros.


Maria nos chama para ajudá-la como instrumentos na sua missão de co-redimir

o mundo. Ela implora sempre para nós a luz e a força para cumprirmos esta

missão, realizando um apostolado fecundo. Ela nos move a tomar iniciativas e

a nos comprometer ativamente na transformação da sociedade para inundá-la

do espírito de Cristo.

MARIA

A relação com Maria no movimento de Schoenstatt se

funda na posição objetiva que Ela ocupa no plano da

salvação; ou seja, no lugar e na função que Deus deu a

Maria na ordem da redenção. Ela não é uma figura

secundária na Igreja, não se pode equiparar nossa

vinculação a Maria com a vinculação a outros santos,

pois todos eles não ocupam o lugar essencial que Ela

ocupa no plano de Deus e na Igreja.


Maria é a mãe de Cristo e, ao mesmo tempo por sua relação com Cristo, é a

mãe de Igreja. É a encarnação perfeita da nova criatura redimida e da Igreja; é

a “cheia de graça”. Além de encarnar o ideal do homem redimido, Ela

desenvolve ativamente a tarefa de Mãe e Educadora que Jesus lhe confiou em

relação à Igreja e a cada um dos filhos de Deus.


Schoenstatt toma a sério todas essas verdades básicas da fé e procura pô-las

em prática da forma mais fiel possível. Desta forma tem podido experimentar

sempre e continuamente a presença maternal e o poder de Maria ao longo de

sua história.

Por tudo isto, o Movimento de Schoenstatt cultiva uma vinculação

especialíssima a Maria, pois vê nela a resposta aos problemas antropológicos

do nosso tempo. Hoje, quando o que está em jogo é a dignidade e a missão do

homem, quando se desfaz amplamente a relação do homem com Deus e a

harmonia do natural com o sobrenatural, a presença de Maria ganha uma

importância decisiva. Nela o cristão atual pode encontrar, como afirmam os

documentos da Igreja, “a estrela da evangelização”, um norte claro e seguro no

meio do desconserto e do desânimo de muitos. Os bispos latino-americanos

em Puebla afirmaram que: “Esta é a hora de Maria”. Esta foi, desde o inicio, a

convicção de Schoenstatt. Por tudo isto, Schoenstatt é marcadamente mariano.


Só uma piedade mariana não educada, sentimentalista ou supersticiosa, pode

desviar de Cristo. A verdadeira devoção a Maria, como procuramos praticar em

Schoenstatt, nunca pode nos desviar de Cristo; pois tudo o que Maria é e faz,

Ela deve a Cristo e tudo nela nos leva a Ele. Se o encontro com uma pessoa

próxima a Cristo ou o encontro com um santo nos conduz ao Senhor e aviva o

nosso amor por Ele, como não vai acontecer o mesmo, e muito mais ainda,

quando nos aproximamos de Maria e lhe entregamos a nossa vida? Quem

pode nos dar Cristo de uma maneira mais plena do que Maria, que trouxe

Cristo ao mundo?


O Deus que veio a nós em e por Maria quer e espera que também nós

cheguemos a Ele em e através de Maria. Por isso Schoenstatt, justamente por

ser marcadamente mariano, quer se distinguir por um profundo amor e entrega

ao Senhor. Para Schoenstatt não existe, entre a entrega a Cristo e a Maria,

nenhuma contradição. Quem possui um profundo amor a Cristo, por meio deste

mesmo amor, chega necessariamente a Maria. Não se poderia amar

verdadeiramente o Senhor sem amar o que Ele ama, e o ser que Ele mais

ama, acima de todas as criaturas, é sua Mãe Maria.

O PAI FUNDADOR

O Pe Kentenich é o fundador da Família de Schoenstatt.


Nasceu no dia 18 de novembro de 1885, na cidade de

Gymnich, Alemanha. Em 1906 entrou na comunidade dos

padres Palotinos, sendo ordenado sacerdote em 1910. Dois

anos depois da sua ordenação, seu superiores lhe deram o

encargo de Diretor Espiritual dos alunos do seminário menor

dos padres palotinos. 


Como educador desenvolveu um

fecundo trabalho com eles, que culminou na formação do

Movimento de Schoenstatt em 1914. A partir dali consagrou

toda sua vida a esta obra. Depois de uma vida cheia de

alegrias e dificuldades, faleceu em 15 de setembro de 1965, deixando como

herança uma obra de dimensões universais.


Não devemos achar estranho que a família de Schoenstatt acentue tanto sua

vinculação ao fundador. De fato, todas as comunidades religiosas vêem em

seu fundador um instrumento privilegiado do Senhor e reconhecem nele a

vontade de Deus para elas. Pensemos, por exemplo, em São Bento e os

beneditinos, em São Francisco e os franciscanos, em Santo Ignácio e os

jesuítas, em Santa Tereza d ‘Ávila e as carmelitas e, em nosso tempo, em

Santiago Alberioni e a família paulina, em Chiara Lubich e os focolares, etc. Os

últimos papas têm acentuado a necessidade de que as comunidades religiosas

aprofundem e vivam o mais intensamente possível o carisma de seu fundador

e se distingam por um fiel seguimento à sua pessoa e aos seus ensinamentos.

Assim se garante a vitalidade do Corpo de Cristo, que mostra sua riqueza e

unidade na diversidade dos carismas repartidos pelo Espírito Santo.


Além destas razões, válidas para qualquer comunidade na Igreja, devemos

agregar que a profunda vinculação afetiva da família de Schoenstatt ao seu

fundador está também intimamente ligada à originalidade mesma do carisma

de Schoenstatt. Em um mundo no qual experimentamos, cada dia de forma

mais intensa, a destruição e dissolução de todos os laços de amor ou vínculos

inter-pessoais, tanto no campo familiar como na sociedade em geral,

Schoenstatt quer cultivar em profundidade todos os vínculos queridos por

Deus. E entre estes, a relação filial com o fundador ocupa um lugar central.


Tanto que há muitas pessoas e grupos que chegam a selar uma Aliança Filial

com o Fundador, como é muito comum, por exemplo, na Argentina. Mas

também no JUMAS Brasil há rapazes e grupos que já a selaram.


SUGESTÃO DE ATIVIDADES:


I. Conversar em grupo:

1. Como cada integrante do grupo tem se vinculado a Maria, ao

Santuário e ao Pai Fundador?

2. Em qual destes vínculos sentimos necessidade de nos

aprofundarmos? Como poderíamos fazer isto?

II. Sugestão de Capital de Graças para o grupo:

Sugerimos que o grupo se proponha, como Capital de Graças, fazer visitas

ao Santuário mais próximo, ou ler textos sobre Maria, ou rezar a Oração

pela Canonização do Pe. Kentenich.

III. Organizar um PROJETO através do qual o grupo pode aprofundar esta

cláusula do Código da Aliança. (Para organizar o projeto, sigam os passos

descritos na Introdução do Código)

Exemplos:

- Se os integrantes do grupo conhecem pouco o Pai Fundador e não têm

muita relação com ele, poderiam aprofundar na sua história, lendo um

livro sobre a vida do Pe. Kentenich, dividindo os capítulos por cada

integrante e apresentando em comum. Cf. os livros “Um profeta de Maria”;

“Pai e educador carismático” ou “José Kentenich: uma vida para a Igreja”.

- Se os integrantes do grupo conhecem poucos Santuários de Schoenstatt,

poderiam organizar a peregrinação a um Santuário de Schoenstatt

ainda não conhecido pelo grupo, aprofundando na história e missão do

Santuário.

- Realizar a Conquista do Santuário-quarto, segundo um esquema de

reuniões e preparação a ser combinado com o assessor.

- Em lugares onde não haja Santuário ou nas paróquias, conquistar alguma

ermida da Mãe Rainha ou sala para as reuniões do Jumas, como um

lugar especial da presença da Mãe, a exemplo do que acontece nos

Santuários de Schoenstatt. Pode-se conquistar também um “Santuário-Lar”

(Santuário-Sala) do Jumas local.

- Se os integrantes do grupo têm um bom vínculo com o Pai Fundador e

desejam aprofundá-lo, podem trabalhar o tema da Aliança Filial,

descobrindo o que ela significa e se preparando para selá-la, caso se

sintam chamados a este passo de crescimento na sua vida de Aliança.


DICAS DE LEITURA

- KENTENICH, José. Documentos de Schoenstatt. 2. ed. Santa Maria:

Movimento de Schoenstatt, 1995.

- ALESSANDRI, Hernán.O que significa o Santuário de Schoenstatt? 2.

ed. Santa Maria: Pallotti, 2000.

- URIBURU, Esteban. Um profeta de Maria: biografia do Pe. José

Kentenich. São Paulo: Padres de Schoenstatt, 1983.

- ALESSANDRI, Hernán. Padre José Kentenich: um fundador, um pai,

uma missão. Principais etapas de sua vida sob o ponto de vista de sua

paternidade (Ciclo de Palestras por ocasião do Encontro Nacional da

Juventude Masculina no Chile). Santa Maria: Pallotti, 2001.

- MONNERJAHN, Engelbert. Pe. José Kentenich: Uma vida pela Igreja.

São Paulo: Padres de Schoenstatt, 2004.

- FÁVERO, Ir. M. Rosequiel. Imagem bíblica de Nossa Senhora. Santa

Maria: Sociedade Mãe Rainha, 2008. Série “Na Escola de Maria” vol. 1. (Na

forma de nove temas bíblicos elaborados para serem trabalhados nas

reuniões dos grupos)

- FÁVERO, Ir. M. Rosequiel. Os dogmas marianos. Santa Maria:

Sociedade Mãe Rainha, 2009. Série “Na Escola de Maria” vol. 2. (Na forma

de nove temas elaborados para serem trabalhados nas reuniões dos grupos)

- KENTENICH, José. O Rosário. (Palestras sobre o Rosário em 1953 e

1954). Londrina: Instituto de Famílias, 2002.

- FERNANDEZ, Rafael. Vivendo em Aliança: preparação e

aprofundamento da Aliança. São Paulo: Padres de Schoenstatt. (Roteiro

de mais de 30 reuniões para preparar uma renovação da Aliança de Amor

individualmente ou em grupo)

- EU pertenço a Ela e Ela me pertence. Preparação para a Aliança de

Amor. Atibaia: Movimento de Schoenstatt. (Bom para fazer uma revisão da

Aliança de Amor dos integrantes do grupo)

- FERNANDEZ, Rafael. 150 preguntas sobre Schoenstatt. 3. ed. Santiago

de Chile: Patris, 1997.

Vivendo nossa missão de aliança no mundo de hoje

 No mundo atual das demandas e desafios sociais, das mídias sociais e do ritmo acelerado da vida cotidiana, como podemos ser um exemplo de amor de Deus e da Santíssima Virgem para todos aqueles que encontramos; nosso cônjuge, nossa família, nossa comunidade, estranhos que encontramos e no local de trabalho - vivendo assim nossa missão de aliança.


O Papa Francisco, ciente desta situação, declara aos jovens no Brasil no ano 2013 no 28 Jornada Mundial da Juventude. Para ele, entre os muitos anseios de homens e mulheres modernos, existe uma "fome mais profunda" que afeta diretamente a vida do casal e da família:


 “Caros amigos, é certamente necessário dar pão aos famintos - isso é um ato de justiça. Mas há também uma fome mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode satisfazer, a fome de dignidade. Não há promoção real do bem comum nem do desenvolvimento humano real quando se desconhece os pilares fundamentais que governam uma nação, seus bens não materiais: a vida, que é um dom de Deus, um valor a ser sempre protegido e promovido; a família, a base da coexistência e um remédio contra a fragmentação social; educação integral, que não pode ser reduzida à mera transmissão de informações com o objetivo de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, essencial para o equilíbrio humano e a convivência saudável; segurança, na convicção de que a violência só pode ser superada mudando os corações humanos ”.

Quinta-feira, 25 de julho de 2013 Palestra para Comunidade de Varginha (Manguinhos) Brasil


Diante deste fato descrito pelo Papa Francisco, qual pode ser nossa contribuição?


1 Viver uma vida inspirada pela aliança do amor, onde a decisão e o compromisso ao longo da vida são possíveis através de uma forte espiritualidade matrimonial e da autoeducação para o amor altruísta e generoso.

Aliança do amor é a nossa forma de fé em termos da maneira como ouvimos a Deus e a maneira como nos unimos a Maria e seguimos a Cristo. Desta aliança vivemos nossa cultura da vida na vida cotidiana, bem como nosso apostolado. Nos processos de transição dentro da Igreja e da sociedade, seguimos o caminho dos vínculos. A vitalidade dessa aliança pode ser encontrada em quatro experiências centrais que tornam frutífero o fluxo vital de nosso movimento:

Vivemos vinculados a um lugar que chamamos de santuário. Por esses lugares, somos ancorados interiormente e unidos ao sagrado. Nós cultivamos esses vínculos em vários níveis. Isso cria a segurança de sentir-se em casa; lugares tornam-se fontes de força e energia.

Nós confiamos na imagem paterna do Padre Kentenich, um homem de Deus. O carisma do fundador vive em nós, dando-nos unidade, espírito de família e paixão pela nossa missão. É o carisma do Padre Kentenich que fornece segurança em meio ao pluralismo de opiniões.

Cultivamos uma atitude missionária de viver e agir na Igreja e na sociedade. Pelo nosso testemunho em público, mantemos vivo o espírito apostólico.


A face interna do nosso movimento é o que chamamos de família. Na multiplicidade, buscamos um terreno comum que faça com que a unidade cresça. Este é um dom e, simultaneamente, um desafio duradouro para o nosso ser uns com os outros e para a nossa cooperação no apostolado.


2 Viver o carisma quádruplo de um casal e de uma família de Schoenstatt, dado por Padre Kentenich, especialmente o aspecto da "família missionária".


Pe. Kentenich apresenta casamentos em sua visão da nova família; essencial nos tempos de hoje:

Nós falamos de toda a família, onde o natural está entrelaçado com o sobrenatural, e é, portanto, uma família vigorosa, atraente e forte. É uma família que tem consciência de sua identidade e riqueza, nutre e está aberta a mudanças nas necessidades sociais.


Família unida no amor: um amor nobre e saudável que une todos os membros e abre a família para buscar o bem-estar de todos os outros.


Família saudável: baseada na lei natural, respeitando as necessidades sadias de todas as pessoas, não apenas unidos no amor, mas também na verdade e na justiça.


Família enraizada no mundo sobrenatural: uma família que cultiva o encontro com o Deus da Vida, adota sua vontade e se esforça para construir com Ele como seu instrumento.


Família missionária: é necessário que a célula fundamental da Igreja, a família cristã, seja evangelizada, e assim, por sua vez, se torne uma família evangelizadora. Com o convênio, tomamos uma decisão missionária que nos renovará e transformará para que possamos servir à evangelização do mundo de hoje de maneira mais eficaz. O amor pela Igreja superará a necessidade de reconhecimento e autopreservação. Pedimos a Maria que nos ajude a deixar de lado nossos interesses e a percorrer as periferias da sociedade como nossa contribuição para uma forma mais credível de Igreja.


3 Usando a incrível e forte bênção de o santuário lar (legado da FrK para os EUA)


Nosso Pai e Fundador sente uma estratégia divina por trás disso. Como o cristianismo original surgiu nas famílias, assim também a renovação do mundo deve vir das casas. Neste círculo íntimo e pequeno, a Mãe Santíssima deseja cumprir sua missão ... renovando a família e educando novos homens e mulheres para o mundo de amanhã. Em torno dessas famílias renovadas, outras famílias que experimentam a influência do Santuário Lar se centram. Desta forma, nossos lares funcionarão como imãs: eles atrairão os outros e o círculo se tornará cada vez mais amplo. Ele conclui: “A renovação de nossa família, especialmente aquela realizada por meio de um sério esforço pelo Santuário Lar, parece ser uma excelente maneira de construir um novo mundo, um mundo totalmente novo onde Maria possa agir como em casa. de Zacarias ou na festa de casamento em Caná. ”

É verdade que nosso primeiro apostolado deveria ser nossa própria família. Mas não devemos ser egoístas. A Santíssima Mãe também quer nos enviar de seus Santuários e por isso Ela oferece a graça da fecundidade apostólica. Ela quer nos usar como instrumentos para que todas as famílias do nosso bairro, da nossa cidade e do nosso país se tornem famílias de Nazaré. Assim como Ela reina e educa em nossas famílias de Schoenstatt, Ela quer fazer o mesmo no resto das famílias.


Através de nós, ela quer transformar o país em uma nação de Deus, onde Cristo é a cabeça e ela é o coração. Então, que melhor trabalho apostólico não poderíamos fazer do que levar todos os nossos irmãos e irmãs a Ela? Deste modo, a Santíssima Mãe também pode cumprir Sua missão com eles e dar-lhes Seus dons e graças.


Se vemos as coisas neste contexto, percebemos que nosso Santuário Lar é um presente imensamente grande. Nós nunca podemos ser gratos o suficiente por isso. Mas, pela mesma razão, é um grande desafio: não podemos deixar a Mãe Rainha esquecida nem abandonada.

Lembramos neste contexto nosso lema nacional da Liga das Familias: “Santuário vivo de Schoenstatt, um novo Nazaré, Tabor para o mundo”


4 Sigamos o desejo do Papa Francisco em relação à família para o mundo moderno


'Há quem diga que hoje o casamento está fora de moda. Está fora de moda?', perguntou Francisco. 'Nããããão!', responderam os jovens, em coro.

'A todos, Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um. Alguns são chamados a se santificar, constituindo uma família através do sacramento do matrimônio', continuou.

'Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é 'curtir' o momento, que não vale a pena se comprometer por toda a vida, fazer escolhas definitivas, 'para sempre', uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã', continuou o Papa, ouvindo do público gritos de apoio.

'Peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade', disse.

'Tenham a coragem de 'ir contra a corrente'. Tenham a coragem de ser felizes!', exclamou o Papa, ovacionado pela plateia. Durante sua viagem apostólica ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude 2013, o Papa Francisco falou bastante sobre a importância do matrimonio e da família.


O objetivo do nosso movimento era “a renovação moral e religiosa do mundo em Cristo através de Maria”. O Fundador expressou o seguinte:

“Vivemos do grande pensamento de que Nossa Senhora quer nos usar como seus instrumentos para reconquistar e edificar o reino de Deus. Portanto, nossa principal tarefa consiste em proclamá-la e fazer com que inumeráveis ​​pessoas façam uma aliança perfeita de amor com ela ”.


1920

O que fazemos para criar matrimônios e famílias santas? O ideal para o qual estamos mirando é criar ilhas de famílias católicas. Da mesma maneira que a igreja primitiva, nós apenas nos elevamos em meio a um ambiente pagão sobre o ideal do matrimônio católico ... ”


“Uma tempestade deve atravessar nosso país, tempestade de santa auto-entrega para a renovação de nossas famílias. Um movimento religioso grande e fundamental passa a existir. ”


Mais tarde ele disse:

“Devemos nos empenhar com o maior fervor para promover um movimento que promova os casamentos católicos. Esse movimento deve trazer o conceito católico do matrimônio puro e testado por Deus ao conhecimento público. Em outras palavras, deve tentar com grande fervor e zelo estabelecer a idéia católica do matrimônio na pureza clássica como um farol para as nações ”.


1948

“Se Nossa Senhora quer formar e educar uma nova ordem social humana e um novo tipo de homem, ela deve necessariamente concentrar todo o seu poder de graça na criação e no aumento de famílias sólidas e sólidas de Schoenstatt”.


Pe. Marcelo Aravena

Assessor