9 de abr. de 2019

Serie sobre Nossa Mãe Rainha 12 - Isabel nos apresenta Maria

Isabel nos apresenta Maria: Feliz tu...

Maria é apresentada por sua prima Isabel com sua saudação de louvor: “Feliz tu que creste”. Convida-nos a reconhecê-la como a Mãe e Educadora da fé e modelo de nossa própria fé.

Se olharmos com atenção o mundo de hoje notamos que está passando por uma forte crise de fé. Existe o processo lento de descristianização de uma paralisação e ainda de uma extinção da fé no homem moderno, e até nos movimentos religiosos.






Talvez também a nós nos ocorra um dia que devamos constatar: no fundo já não creio mais no que creia antes; se perdeu meu entusiasmo, o fervor religioso de minha juventude. E talvez não nos sintamos demasiado tristes. Simplesmente o constatamos.
Nossa vida de fé tem seus altos e baixos. Temos épocas em que tudo anda mal, em que nos custa rezar, confessar, buscar a Deus. Mas, que aconteceria se esses momentos se repetem e chegam a ser permanentes?
Nessa crise de fé, a Igreja hoje nos mostra a atitude da Santíssima Virgem, nos mostra sua fé exemplar. E como nos mostra o evangelho a fé de Maria?

a) Fé pessoal: Para Ela, crer não é saber de memória o “Credo”, aceitá-lo, defendê-lo e confessá-lo todos os domingos na Eucaristia. Para Maria, crer é comprometer-se com todo seu ser e com toda sua existência com o Deus pessoal. Não é tanto aceitar verdades e artículos de fé, se não, unir-se de pessoa a pessoa com Deus. Maria está sempre aberta para Deus e para seu desejo, porque tem uma confiança imensa Nele, porque se fia Nele.

b) Fé ativa (livre e obediente): O relato da Anunciação destaca o diálogo entre Maria e o anjo. Assim se destaca que Maria não dá sua resposta em forma passiva, mas com una fé livre e obediente. É um consentimento ativo e responsável.
Maria nos ensina que a fé verdadeira está longe de ser totalmente passiva. Maria obedece entregando-se inteiramente ao plano de Deus. Mas esta entrega incondicional não lhe impede interrogar para assumir sua obediência com liberdade, convertendo-se em colaboradora desse mesmo plano. A fé de Maria é ativa, porque suporta e aceita que sejam destruídos sempre de novo seus próprios projetos. Não questiona a Deus, mas a si mesma.



c) Fé forte e fiel: A fé de Maria não é uma fé acabada desde o inicio. Também Ela, com sua fé está em caminho. Muitas vezes não entende o porquê dos acontecimentos, teve que passar pela escuridão - como todos nós. Mas Ela, como diz o evangelho: “Guardava e meditava estas coisas em seu coração”
Coloca tudo que lhe acontece em relação com Deus, com sua palavra e sua vontade. Busca o sentido das coisas, o desejo divino detrás de tudo.
Maria manteve a fé através de muitas provas e muitas trevas, até ao pé da cruz. Disse sobre Ela o Papa João Paulo II: “Conheceu as mesmas contradições de nossa vida terrena.
Foi-lhe prometido que a seu Filho seria dado o trono de David, mas quando nasceu não houve lugar para Ele nem na estalagem. E Maria seguiu crendo.
O anjo lhe disse que seu Filho seria chamado Filho de Deus. Mas o viu caluniado, traído, condenado e abandonado a morrer como um ladrão na cruz. Apesar disso, Maria creu que se cumpririam as palavras de Deus.





É realmente admirável a força e a fidelidade de sua fé. Nunca houve alguém que a igualara. Por isso, o Espírito Santo a louva em sua prima Isabel, proclamando-a feliz pela firmeza incomparável de sua fé.
Maria é feliz, bendita, cheia de graça, a maior porque creu em Deus e se entregou a Ele incondicionalmente. 
A Santíssima Virgem, esta mulher de uma fé extraordinária, nos é dada a nós como modelo em nossa peregrinação de fé. De Maria aprendemos a confiar e entregar-nos a um Deus pessoal. De Maria aprendemos a aceitar a vontade de Deus com liberdade e colaborar com Ele com uma fé ativa. De Maria aprendemos também a crer quando não entendemos o plano de Deus e permanecer fiéis nas provas da vida.
Peçamos, por isso, à Santíssima Virgem, que nos forme e eduque na fé, segundo seu grande exemplo. Então também a todos nós se nos dirá, um dia: Felizes vós porque crestes!

Perguntas para a reflexão

1. Como definiria minha fé: morna, profunda…?
2. Sou um cristão por tradição?

3. Mantenho a fé nas provas difíceis?

Reflexão Pe. Nicolas S.

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