9 de abr. de 2019

Serie sobre Nossa Mãe Rainha 7 - Espírito Santo e Maria


Espírito Santo e Maria


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Gostaria de meditar com vocês alguns momentos da vida de Maria.


A Encarnação. Não há dúvida de que a vida da Santíssima Virgem estava, desde seu início, sob a forte influência do Espírito de Deus. A Virgem é a “Toda santa” porque desde o primeiro momento de sua existência foi “sacrário do Espírito Santo”.
Mas seu grande encontro com o Espírito foi a Anunciação do anjo que culminou com a encarnação. Ali Maria teve seu primeiro Pentecostes: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a Força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra” (Luc. 1, 35). A partir desse acontecimento, Ela é chamada sacrário, tabernáculo, santuário do Espírito. Com isso indica-se a morada do Espírito Santo em Maria de um modo singular e superior ao dos demais cristãos. Como em todo ser humano, o Espírito de santidade quer atuar na Virgem e através d’Ela. Mas aqui há algo mais, algo novo e único: o Espírito Santo quer atuar junto com a Virgem. E para que? Quer unir-se e atar-se a Maria para que d’Ela nasça Jesus Cristo, o Filho de Deus. E quer que a Santíssima. Virgem diga seu Sim totalmente voluntário e livre, para entregar-se ao Espírito de Deus, para converter-se na Mãe de Deus.

Seu crescer na ordem do Espírito. Não devemos pensar que a Virgem entendeu tudo desde o primeiro momento. Evidentemente compreendeu muito mais que nós. Porque tinha, como diz Santo Tomás de Aquino, a luz profética que lhe brindou um conhecimento maior das coisas de Deus. 

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Entretanto, como ser humano, Ela crescia em sabedoria e desenvolvia seu entendimento ao longo de sua vida. Por isso diz o Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt, que Maria ia aprofundando-se na ordem do Espírito. E que significa isso? Maria tinha que ir compreendendo, passo a passo, o que queria Jesus e o que devia Ela fazer a seu lado. Tinha que entrar progressivamente nesse mundo de seu Filho Divino, no qual só o Espírito Santo poderia introduzir-la. 
Em diálogo com o Espírito de Deus, tinha que percorrer seu próprio caminho de fé. Pensemos na perda de Jesus, ao completar doze anos. Que difícil foi para Ela quando seu Filho os abandonou e depois lhes disse:

“¿Não sabíeis que ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Luc, 2, 49). Como agrega o texto, Maria não entendeu o que Jesus acabava de dizer-lhes. Mas seguramente percebeu que seu Filho levava em seu interior outro mundo, o mundo do Pai, no qual também Ela tinha que adentrar-se de um modo mais perfeito.
Outro momento difícil surgiu nas bodas de Caná. “Mulher, isso nos compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo. 2.4). A maneira de pensar de Maria é ainda muito humana: quer ajudar aos noivos em sua necessidade. Jesus olha mais longe, pensa em sua grande Hora, a hora da Cruz. E, mesmo assim, cumpre o desejo de sua Mãe.
E quando chegou a grande Hora, sobre o monte Calvário, terminam n’Ela os desejos e necessidades naturais. Tudo fica sujeito à vontade do Pai. Já não quer outra coisa que cumprir perfeitamente com seu papel no plano de salvação.
O auge do adentrar-se na ordem do Espírito foi a espera de Pentecostes. Ali Maria se converteu em instrumento perfeito do Espírito Santo. Conduziu aos apóstolos e discípulos à sala do Cenáculo. Transmitiu-lhes seu desejo profundo pelo Espírito Divino. E implorou com eles a força do alto sobre toda a Igreja reunida. Em Pentecostes transbordou sua ânsia pelo Espírito de Deus. Ali ficou completamente compenetrada e transformada por Ele. Em sua vida teve um corpo espiritualizado, é dizer, transformado pelo Espírito, de modo que não podia ser destruído. E assim ficou preparada para seu último e definitivo passo: A assunção em corpo e alma ao céu.

Creio que também em nossa própria vida devemos introduzir-nos paulatinamente na ordem do Espírito. 

Perguntas para a reflexão
1.  Como cultivo minha relação com o Espírito Santo?
2. Sentimos como o Espírito Santo nos capta e introduz no mundo de Deus?

3. É a Virgem minha companheira na oração?


Reflexões Pe. Nicolas S.

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