24 de out. de 2018

Serie sobre Nossa Mãe Rainha 3 - Maria modelo da Igreja servidora

Maria modelo da Igreja servidora

Maria nos quer recordar que o amor é o mais profundo e significativo do cristão e que o amor se expressa no serviço. Assim nos mostra, com seu exemplo, que a Igreja é e quer ser servidora dos homens. 

É fácil, falar de amor e de caridade, mas resulta muito difícil vivê-los, porque amar significa servir, e servir exige renunciar a si mesmo. Se não fosse assim, estaríamos no paraíso, já que todos os homens e todos os cristãos estão de acordo em cantar as belezas do amor.

Entretanto, continua havendo guerras, injustiças sociais, perseguições políticas no mundo. É porque amar custa, porque servir custa. É porque o pecado original nos inclina a buscar sempre o próprio interesse, a querer dominar e estar no centro.

Mas, que é servir? Jesus mesmo explica: servir é dar sua vida pelos outros, é entregar-se aos demais. Servir é dar-se a si mesmo, entregando ao outro nossa preocupação e nosso tempo, nosso amor.

Serve a mulher que passa até tarde a camisa que seu marido necessita; ou que passa a noite junto ao filho enfermo. Serve quem apaga a televisão durante a telenovela para receber o vizinho e escutar seus problemas. 
Serve quem renuncia a umas horas de descanso para ir a passear com seus filhos, para participar em uma reunião no trabalho.

Igreja servidora. A Igreja do Concílio se proclamou uma Igreja servidora do mundo e dos homens. Por isso escolheu como modelo dessa atitude a Maria.
Nós muitas vezes cremos que estamos servindo a Deus porque lhe rezamos uma oração ou cumprimos uma promessa. Olhemos a Maria: Ela lhe entrega toda sua vida, para cumprir a tarefa que Deus lhe encomenda pelo anjo. 

Maria sabe pelo anjo que seu filho será o Rei do universo e o de Isabel só o seu precursor. Mas é Ela a que corre aonde vivia sua prima. E não busca pretextos por estar grávida e não poder arriscar numa viagem tão longa. 

Quando o anjo lhe anuncia que Ela será Mãe de Deus, então Maria compreende que esta vocação lhe exige converter-se na primeira servidora de Deus e dos homens.

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Sacrifício e serviço. Para poder construir um mundo novo desejado por todos, é necessário muito espírito de sacrifício e de serviço. A Igreja e o país são coisa de todos e irá adiante só com a entrega generosa de todos. 

Mas esse serviço, que se nos pede, tem que ser dado no espírito de Cristo e de Maria. Deve ser um serviço que busque realmente minha entrega aos demais, e não meu poder pessoal, nem o domínio absoluto de minha empresa ou de meu partido. 
Não queremos substituir uma classe dominante por outra, que traz novas formas de opressão.
Sem este espírito, nem a Igreja nem o país serão renovados, mesmo que diminuam as diferenças sociais. Uma justiça que não vai acompanhada do amor serviçal, é inumana, é uma justiça sem alma. 

Peçamos a Ela, que nos ajuda a construir uma Igreja conforme sua imagem, uma Igreja servidora dos homens, que seja, realmente, alma de um país melhor.

Perguntas para a reflexão
1. Considero-me uma pessoa de serviço aos demais?
2. O que mais posso fazer pela Igreja?
3. Meu serviço está impregnado de Cristo e de Maria?

Reflexões Pe. Nicolás S.

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