24 de out. de 2018

Serie sobre Nossa Mãe Rainha 1 - Mãe da santa esperança

Mãe da santa esperança

O Concilio definiu a Igreja de hoje como um povo em marcha, um povo peregrino. E a esperança é a virtude dos caminhantes. A esperança resulta ser a virtude mais esquecida dos cristãos, mas a mais necessária para ir pelo caminho da vida. Ela mantem em pé o coração dos cristãos. E hoje necessitamos essa virtude em nossa pátria mais que nunca, porque muitos irmãos hão perdido a esperança num futuro melhor.
Enquanto há vida há esperança. Viver é ter desejos, viver é desejar algo e lutar para alcançá-lo. Sempre estamos esperando alguma coisa: uma melhoria no trabalho, ampliar a casa, uma TV maior, um par de sapatos novos. E quando uma destas esperanças é frustrada então nos sentimos amargados.


                                                              Nossa Senhora da Esperança, Pontmain, França


Entretanto, o curioso é que também, muitas vezes, nos sentimos vazios quando alcançamos o que tanto queríamos. Antes pensávamos que com isso já seríamos plenamente felizes, que no nos faltaria nada mais. Mas à medida que se cumpre uma esperança, nos surgem outros desejos e sentimos que ainda não estamos satisfeitos.
Sempre desejamos algo novo, porque o antigo, o que já possuímos não nos há satisfeito. A febre do novo tornou-se uma enfermidade para o homem de hoje.

Nossas esperanças podem ser apoiadas sobre areia ou sobre rocha. E sabemos que a única rocha verdadeira é JESUS CRISTO. As coisas deste mundo foram criadas para nos conduzir e aproximar a Ele. Por mais belas e nobres que sejam não são mais que marcos no caminho, não podem saciar toda nossa esperança. Não podemos apoiar a esperança de nossa vida sobre areia.
Temos que edificar sobre a rocha de Cristo. Quando apoiamos nossas esperanças sobre Ele, então temos entusiasmo e otimismo para enfrentar a vida.

Mas, como encontrar a Cristo em minha vida concreta? Como fazer que a luz de sua esperança penetre em mim e encha o coração?
Sabemos que a Estrela que nos conduz a Cristo é Maria, sua Mãe. 


A Igreja a chama Mãe da esperança. Desde a Anunciação, Ela apóia todos seus desejos em seu Filho. Ela sabe que Cristo é a rocha que não passa e que nunca desengana. Por isso, espera contra toda esperança, inclusive quando Ele morre, junto a Ela, na cruz. Para os apóstolos, a morte de Jesus resultou o tremendo fim de todas suas esperanças. Não assim para Maria: Ela continua seu caminho pela escuridão, mas com o coração cheio de esperança.

Aproximemo-nos, por isso, a Ela, essa terra de encontro e para esperança que é Maria. Com sua luz, Ela acende também em nós a esperança de Cristo e nos precede no caminho. Assim Ela nos ilumina para saber apoiar no Senhor todas nossas esperanças humanas. E como a vida de Maria, assim também a nossa se encherá de alegria, de um entusiasmo que não passa, de uma eterna juventude.

Queridos irmãos, peçamos, por isso, à Virgem que nos ajude a construir uma Igreja da esperança, mas apoiada sobre a rocha de Cristo. Somente sobre este fundamento poderemos edificar um futuro melhor para nossa pátria e nosso povo. Para isso, devemos começar apoiando nessa rocha nossas esperanças pessoais.

Porque uma Igreja da esperança só se constrói com homens e mulheres de esperança, alegres e confiadas, que hão tido um encontro vital com Cristo no coração de Maria. Que a Mãe da santa esperança nos ajude nesta missão!

Perguntas para a reflexão

1. As tragédias, as enfermidades… são meus temas favoritos de conversação?
2. Os outros vêem a mim como uma pessoa otimista, cheia de esperança?
3. Uso frases do tipo: “isso não vai resultar”, “não há nada que fazer”, “está tudo mal”…, etc.? 

Reflexões Pe. Nicolás S.

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