14 de set. de 2018



O QUE É O SANTUÁRIO LAR

1. EM QUE CONSISTE E COMO NASCE UM SANTUÁRIO LAR?

Como familia, convidamos Maria para que se estabeleça no nosso lar o seu trono de graças, tal como o fez no Santuário de Schoenstatt e nos presenteie nele as graças do enraizamento profundo no coração  de Deus, da transformação interior em Cristo Jesus e da fecundidade e envio apostólico na força do Espirito santo.

Deste modo o  nosso lar transforma-se num santuário-lar da Mãe e Rainha  três vezes Admirável de Schoenstatt.

O nosso convite a Maria através das contribuições para o “capital de graças”

As mesmas leis que estiveram  presentes no processo de gestação do Santuário de Schoenstatt voltam a cumprir-se no santuário-lar.  Selamos com Ela uma Aliança de Amor: da nossa parte, oferecendo-lhe op n osso amor traduzido em obras de santidade da vida diária e esperamos que, da Sua parte, Ela aceite estabelecer-se no nosso lar.  Assim, o Santuário-lar permanece vivo pela ação de Maria e pela nossa cooperação;  é o que expressa o grande lema da Familia de Schoenstatt: “Nada sem ti, nada sem nós”.  Assim também sucede com o nosso santuário-lar.

A ação de Maria no nosso santuário-lar

Maria estabelece a sua morada no nosso lar para nos conceder nele as três graças que oferece em todos os santuários de Schoenstatt.

Concede-nos estas graças a nós como familia, de acordo com a nossa originalidade e missão:

+ A graça do acolhimento ou de enraizamento no coração  de Deus 

Pedimos a Maria que Ela nos conceda a graça de estarmos em Deus, enraizarmo-nos no coração de Deus Pai.  Pedimos-lhe que os filhos venham a ter o seu coração em Deus; pedimos-lhe que a nossa familia viva uma profunda fé prática na Divina Providência.

Deste modo, o nosso lar converte-se numa Igreja doméstica onde se sente a presença de Deus e de Maria e constantemente se eleva o coração até Ele na prece dos esposos e da familia.

+ A graça da transformação

Maria quer presentar-nos também a graça da transformação interior.  Não de um modo geral, mas sim a graça que necessitamos como esposos, como pais, como familia, para realizar o plano que Deus tem para cada um.

+ A graça do envio e fecundidade apostólica

Maria quer pressentia-nos também a graça do envio e fecundidade apostólica. Se Ela nos acolhe, nos transforma como pessoas, como casal e como familia, é para sermos fermento na massa.

Ela quer irradiar a sua glória desde o seio do nosso lar, quer fazer dele, na medida em que nós abrimos as portas, um lugar de encontro com Ela e com Deus; um autêntico “lugar de salvação”, uma “ilha” no meio da tormenta do mundo atual, uma “arca” onde muitos encano trem refúgio e esperança.

Cada vez que asilos do nosso santuário-lar, levamos a sua mensagem e a sua graça onde que que vamos.  Como casal e familia, sentimo-nos autenticamente enviados por Maria a partir do nosso santuário-lar.


2.  O QUE NÃO É UM SANTUÁRIO-LAR?

  1. Não consiste só em colocar um quadro de Nossa Senhora em casa e rezar de vez em quando perante ele.
  2. Não é uma realidade estática, mas dinâmica.  Não se conquista e depois, automaticamente, continua a ser um santuário-lar.  Pela falta de contribuições ao capital de graças pode deixar de ser um santuário-lar; o processo de crescimento pode ser revertido pelo abandono ou frieza da nossa parte.
  3. O santuário-lar não está orientado apenas para o casal e para a familia, mas possui um marcado caráter apostólico.  Dele devem fluir as três graças do Santuário, por isso também a do envio e fecundidade apostólica.  Dai que a nossa cooperação  com Nossa Senhora não acontece só em relação ao enraizamento em Deus e transformação  interior, mas também em relação ao espíritu e ação apostólica.
  4. O santuário-lar não é um “cantinho” da casa.  Todo o nosso lar é um santuário, em cada divisão , em cada lugar  deve sentir-se a presença de Maria.  O lugar onde temos a sua imagem é uma ajuda, mas não e tudo.

3. DIMENSÃO  ECLESIAL

Uma Igreja em ponto pequeno

Consagrar o proprio lar como santuário de Maria significa, em primero lugar, querer tornar consciente a sua qualidade de “comunidade eclesial fundamental”,  no meio da qual habita o Deus-Amor, que entrou no coração de cada um pelo batismo e que, novamente, se ofereceu aos esposos pelo sacramento do matrimônio.  Mas também significa pedir a Maria que venha habitar em nossa casa e que implore sobre nós o “Espírito do Deus-Familia”, de maneira que nos faça ser autenticamente “uma só alma e um só coração”.  Não só para vivermos mais felizes mas para que nosso lar se converta numa fonte de energias de amor e de unidade para a Igreja inteira, para a nossa pátria e para o mundo.

João Paulo II, às Familias, 02.04.1987:

“Esse é precisamente o vosso objectivo: construir a casa como lar de uma comunidade humana que é a base e a célula de toda a sociedade.  Inclusive, ‘a Igreja encontra o seu berço na familia, nascida do sacramento’ (Familiaris Consortio, 15).  Trata-se de uma casa e um lar verdadeiro, onde mora o amor recíproco dos esposos e dos filhos.   Desta maneira, a vossa casa será também ‘a morada de Deus entre os homens’ (Apoc 21,3), ‘a Igreja doméstica’ (Lumen Gentium, 11) (…)

Oxalá que os vossos lares sejam uma autêntica escola de fé, um lugar de oração, uma comunidade que participa com alegria nas celebrações litúrgicas e sacramentais, de maneira que, pelo facto de partilhar essas experiências  de Cristo, se converta num pequeno Cenáculo com Maria, de onde partam apóstolos do Evangelho e servidores das necessidades dos irmãos”.


Fonte: Atelier “Santuário Lar”, versão Aveiro, 2012.

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