1 de dez. de 2021

Advento tempo de atenção e abertura de coração para quem Vem!

 

Primeiro Domingo de Advento - 28 de Novembro de 2021

Estamos fechando o ano 2021!



Celebrando o primeiro Domingo de Advento!

Os sinais” catastróficos apresentados no Evangelho de hoje não são um quadro do fim do mundo”. Não. Elas são imagens utilizadas pelos profetas para falar do dia do Senhor”, isto é, o dia em que Deus Pai vai intervir na história para libertar definitivamente o seu Povo da escravidão, inaugurando uma era de vida, de fecundidade e de paz sem fim (cf. Is 13,10; 34,4).

O quadro destina-se, portanto, não a amedrontar, mas a abrir os corações à esperança: quando Jesus vier com a sua autoridade soberana, o mundo velho do egoísmo e da escravidão cairá e surgirá o dia novo da salvação que significa libertação sem fim.

Há, ainda, um convite à vigilância (cf. Lc 21,34-36): é necessário manter uma atenção constante, a fim de que as preocupações terrenas e as cadeias escravizantes não impeçam os discípulos de reconhecer e de acolher o Senhor que vem.

Mas vamos agora a refletir mais um pouco sobre isso, sobre esse mistério que nos oferece a Esperança em Deus.

A realidade da história humana está marcada pelas nossas limitações, pelo nosso egoísmo, pelo destruição do planeta, pela escravidão, pela guerra e pelo ódio, pela prepotência dos senhores do mundo…

Quantos milhões de homens conhecem, dia a dia, um quadro de miséria e de sofrimento que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade…

A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre a porta à esperança e grita a todos os que vivem na escravidão: alegrai-vos, pois a vossa libertação está próxima.

Com a vinda próxima de Jesus, o projecto de salvação/libertação de Deus vai tornar-se uma realidade viva; o mundo velho vai converter-se numa nova realidade, de vida e de felicidade para todos”.

   No entanto, a salvação/libertação que há-de transformar as nossas existências não é uma realidade que deva ser esperada de braços cruzados.

   É preciso estar atento” a essa salvação que nos é oferecida como dom, e aceitá-la. Jesus vem; mas é necessário reconhecê-lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação.

   É preciso, também, ter a vontade e a liberdade de acolher o dom de Jesus, deixar que Ele nos transforme o coração e Se faça vida nos nossos gestos e palavras.

   É preciso, ainda, ter presente, que este mundo novo – que está permanentemente a fazer-se e depende do nosso testemunho – nunca será um realidade plena nesta terra, mas sim uma realidade escatológica, cuja plenitude só acontecerá depois de Cristo, o Senhor, haver destruído definitivamente o mal que nos torna escravos.

O Advento é um tempo de fé e esperança. Não significa simplesmente preparar as coisas práticas do Natal ou simplesmente viver o que a .liturgia dita, mas preparar meu coração e a nossa familia, de forma pessoal e única

É por isso que eu gostaria de convidá-los a caminhar com Maria em seu coração durante este tempo de Advento.

Maria é a mulher cheia de amor e cheia de esperança. Sua vida comprova que isso é certo, porque o que mais a caracteriza é que Ela vive em plena comunhão de amor não só com Deus, senão também com os homens. Na Anunciação, ou seja no inicio do Advento na história da humanidade cristã, esta comunhão de amor se estende a humanidade inteira: pois Maria aceita ser Mãe do Messias, o Salvador de todos os homens. Assim aparece a Virgem desde as primeiras cenas do Evangelho, ligada por laços profundos de amor a pessoas concretas: a José, a Jesus, a Isabel e Zacarias, aos noivos de Caná, aos discípulos.

 

Caminhemos com Maria em nossos corações neste Advento, para que Cristo, o verdadeiro Messias, nasça em nós e esteja presente em todas as realidades humanas, especialmente em nossas famílias.  Que este seja nosso principal objetivo ao nos prepararmos para uma bela e abençoada celebração natalina.

 

Pe. Marcelo

9 de jun. de 2021

“Família Tabor, transfigura a realidade hoje”

 

Família Tabor, transfigura a realidade hoje”

Comunidade de membros Liga de Familias

 

PRIMEIRA PARTE  (2 -3 REUNIÕES ON-LINE)

 

1. Introdução

Caros irmãos e amigos da comunidade dos membros da Liga Famílias, estamos passando por tempos muito exigentes em todos os sentidos.  Podemos falar de um mundo e de uma sociedade em crise global.  Estamos no meio disso. Mais do que nunca, nossa aliança de amor deveria nos inspirar a dar tudo de nós.  Como membros, queremos ser uma resposta cheia de energia, otimismo e alegria. 

 

Este ano nos foi dado um novo lema que nos mostra o caminho imediato a seguir como Ramo e como Movimento: Família Tabor, hoje transfigura a realidade”.  Estes são conceitos que nos são familiares, nós os conhecemos.  Mas sabemos que é melhor aprofundar estes conceitos a fim de atualizar nossas ações. É por isso que este ano queremos lhe oferecer uma série de reuniões que podem nos ajudar neste sentido.  Mas antes lembremo-nos de alguns aspectos essenciais de nossa vida e vocação como membros.

 

Nossa missão

 

Nossa missão é formar famílias que, na força da Aliança de Amor, de maneira atualizada, se empenhem por viver como santuários vivos, segundo a Sagrada Familia de Nazaré, para atuarem apostólicamente na Igreja e na sociedade, respondendo aos desafios de transformação do mundo atual.

 

Os objetivos como Liga de Famílias

 

+  Descobrir a beleza e a alegria da vocação matrimonial, levando-a a uma maior maturidade e projeção

+  Despertar para uma caminhada comunitária e familiar

+  Ajudar o casal a desempenhar seu papel na família e na educação dos filhos

+  Oferecer a espiritualidade de Schoenstatt como um auxilio para que o casal possa vencer os desafios atuais do cotidiano e da vida matrimonial

+  Oferecer um caminho de preparação à aliança de amor e à instituição do santuário-lar

+  Despertar nas familias o espírito apostólico e eclesial e o compromisso com a transformação da sociedade

+  Conduzir ao amadurecimento vocacional em Schoenstatt.

 

 

 

A vocação dos membros da Liga de Familias

 

Os membros vivem e asseguram o espírito que anima a Liga de Familias , por isso assumem maior responsabilidade pela vida do Ramo, pela concretização de seu ideal e desempenho apostólico.  Para isso assumem livremente os meios acéticos de Schoenstatt (IP, HE, EP e prestam contas a um confessor permanente).  Os membros exercem o apostolado permanente seja na família, no Movimento, na paroquia ou em outro âmbito.

 

2.  Somos a Família Tabor

 

O Pai e Fundador confiou a nos, Brasil, a sua “ideia predileta” no 20 de Abril de 1947 em Londrina.  Somos Tabor e “precisamos cuidar de nós tornarmos um Tabor no qual a Mãe de Deus pode revelar sus glórias ao mundo (Pe. J. Kentenich, Tabor Nossa Missão, p.65).

 

Ele confirma, mais uma vez, o ideal Tabor para o Brasil em 31 de Maio de 1967, ao dirigir sua última mensagem ao Schoenstatt brasileiro, por ocasião do lançamento da Pedra Fundamental do Santuário da Vila Mariana, em São Paulo:

 

“Quanto estou informado pessoalmente sobre as circunstâncias do Brasil, o mundo brasileiro está à espera da Mãe de Deus, como a Mãe, Rainha e Vencedora Tres Vezes Admirável de Schoenstatt, para a conquista deste país para o bom Deus, para o Deus Trino.  Aprenderemos sempre mais a mobilizar nossa forças e a comprovar-nos de tal maneira que possamos chamar a atenção do grande público sobre nós, a fim de que a palavra e o pedido não somente se repitam, mas também se realizem:

Clarifica te, clarifica me,

Clarifica familiam nostram,

Clarifica totem orbem terrarum! (Todo orbe da terra)

 

Mãe de Deus abençoa o Brasil!

 

O Brasil, o mundo todo, um Tabor de nossa Mãe de Schoenstatt!

Cuidaremos que não somente nossa pequena Família, mas o mundo inteiro, um dia, se tornará o Tabor de nossa Mãe Rainha de Schoenstatt” (Pe. J.Kentenich, Tabor Nossa Missão, p.182)

 

 

3. Tornar-se Tabor em quatro dimensões

Com o passar do tempo desde aquele 21 de abril de 1947, quando o Fundador anunciou às Irmãs de Maria que o Tabor é o ideal para o Brasil, este teve um processo de amadurecimento no coração da Família de Schoenstatt.  A família inteira tem gradualmente assumido esta herança espiritual.  Este processo revelou quatro dimensões dinâmicas do ideal do Tabor.  Analisemo-las e tiremos conclusões enriquecedoras para nossa vida diária pessoalmente e como comunidade de membros.

 

(Para apresentar esse tema das quatro dimensões do Tabor foi utilizado o livro “Revelando o Tabor” da Central de Assessores)

 

3.1 A dimensão bíblica

Não é possível falar de Tabor sem voltarmos à Sagrada Escritura e subirmos ao Monte Tabor com Jesus.

O Tabor é “o monte santo”, como denomina Pedro (2Pd 1,16-18).  Foi por excelência. O lugar da contemplação de Cristo transfigurada.  Localiza-se na Terra Santa , isto é no país de Israel, Oriente Medio.  Tabor é um monte da Galiléia, Terra Santa, com altura de 575 metros acima do nível do mar.  É conhecido também como o Monte da Transfiguração de Jesus, lugar das manifestares divinas.  A liturgia comemora a festa da transfiguração, festa do Tabor no dia 6 de Agosto.

 

Nossa subida ao “monte santo” das Escrituras, com os Apóstolos, nos conceda mais profundamente a graça de contemplar a Cristo e penetrar no mistério da transfiguração, a fim de entendermos a abrangência da missão Tabor, a qual somos chamados a assumir como Familia de Schoenstatt brasileira.

 

Hoje, Tabor continua sendo um caminho para o encontro com Cristo.  Queremos percorrer os caminhos do Evangelho com o objetivo de perceber atrás dos fatos, gestos e palavras, os corações palpitantes de Jesus, dos Apóstolos e do próprio Pai do Céu quando proclama: “Este é meu Filho amado!” (Mc 9,17).

 

Talvez esse é o momento para ler e meditar o Evangelho que relata a Transfiguração de Cristo no Monte Tabor: Mt 17, 1-8 ou Mc 9,2-8 ou Lc 9,28-36.  Podemos especialmente fixar nossa reflexão nos seguintes pontos e seu significado:

A.     Subida ao Monte

B.     Brilho do rosto e das vestes

C.     A nuvem

D.     A voz do Pai

E.     A presença de Moises, Elias do Antigo testamento

F.      A Atitude e a fala de Pedro sobre as tendas

G.     Atitude de temor dos Apóstolos

H.     Jesus ordena o silencio. Por que?

 

Quando selamos a Aliança de Amor, a Mãe de Deus nos convida a subir o monte Tabor com Jesus, por meio de uma “zelosa vida de oração”.  Ao rezarmos, precisamos “subir o Monte”, retirarmos do barulho e da agitação, recolher-nos no silêncio do coração, junto ao tabernáculo, em nosso Santuário Lar e procurar ver os acontecimentos e as pessoas com o olhar de Deus, não nos deixando levar pela superficialidade e sentimentalismo.  Mas também essa subida ao monte Tabor deverá acrescentar em nós a certeza e luz sobre o nosso apostolado que para nós, como membros, é uma atividade permanente.  Assim, então, a graça divina que habita em nos pelo batismo, se transformara em força e energia frutífera e em fonte de grande alegria.  É Jesus quem habita e age em nos, quem dialoga com o Pai e nos faz participar na sua missão, felicidade e gloria.

 

Referindo-se ao Tabor bíblico, Pe. Kentenich nos. Diz: “Que felicidade seria se também nós pudéssemos dizer: nosso rosto resplandece como o sol e nossas vestes são tão brancas como a neve! Que felicidade se pudéssemos irradiar algo destas glórias do Tabor!”

(Pe. J. Kentenich, Tabor Nossa Missão, p.94)

 

3.2 A dimensão Cristológica: Jesus, o Filho amado da filialidade heróica

Já em 1947, o Pe. Kentenich reflete sobre a possibilidade de uma integração entre diversos países, sob a proteção da Mãe e Rainha de Schoenstatt.  Elena sua busca de aliados em America Latina, pensou em unir os três países onde ja existia Schoenstatt. O que ele chamou de Assistência da Santíssima Trindade. Sua intenção foi integrar magistralmente a Familia de Schoenstatt da Argentina, Brasil e Chile, valorizando as caraterísticas de cada um desses países, confiou-lhes uma missão original e os uniu no objetivo comum da Obra de Schoenstatt.

 

A cada país deu uma missão especial: à Argentina ele confiou a tarefa de centralizar a pessoa do Pai, ao Chile o Espirito santo e a nós, Brasil, confiou a tarefa de representar a imagem de Cristo, o Filho amado do Pai, partindo da ideia do Tabor.  Numa ocasião ele disse:

“Quero mostrar como o Tabor assumiu, para o futuro, a tarefa de um arrebatador amor a Cristo.  Para isso, os nossos estímulos as aspirações interiores devem se concentrar sempre mais na pessoa de

Cristo” (Pe. J. Kentenich, Tabor, nossa missão, p. 101)

 

Qual é a imagem de Jesus, que nos é revelada no Tabor?

A.     Jesus, o Filho do Pai

B.     Jesus, o Filho muito amado do Pai

C.     Jesus, o Filho heróico do Pai - “de natureza humana sacrificada”

 

A filialidade de Jesus é a filialidade heróica do filho que se sente o Filho muito amado pelo Pai.  O Filho que tem um grande e íntimo amor filial pelo Pai., sempre pronto e disponível para realizar sua vontade, também quando esta requer o heroísmo, possui a vivencia da Filialidade Heróica.

 

Jesus está diante de nós, como o Filho pronto a descer do Tabor e subir ao Gólgota.

 

Nosso Pai e Fundador nos confiou e confia, ainda hoje, a sagrada missão Tabor.  Esta missão provém da mais profunda intimidade do amor filial do Filho muito amado para com o seu Pai:

 

A vivência, a entrega e dedicação de amor filial ao Pai na atitude da filialidade heróica.

 

“Queremos ser e queremos nos tonar filhos em Cristo. Jesus, o Filho amado do Pai, viveu tão intensamente sua filialidade heróica em relação ao Pai, que é para nós, filhos do Tabor, o:

Ideal de nossa vida,

Fundamento de nossa vida e

Forma de nossa vida” (Pe.J. Kentenich, Tabor nossa Missão, p.110.106)

 

3.3  Dimensão Santuário, o Tabor das Glórias de Maria

 Para um filho e filha de Schoenstatt, a missão Tabor está estreitamente unida à Aliança de Amor, ao Santuario, como o Tabor, no qual Deus manifesta as suas glórias, por meio da Mãe, Rainha, Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.

Ao lermos o Documento Fundação, vemos que nosso Pai e Fundador revela aos congregados a ideia  predilecta de seu coração. Ele diz que ela consiste “que a capelinha de nossa Congregação se tornasse nosso Tabor; no qual se manifestem as magnificências de Maria” (Pe. J. Kentenich, Documentos de Schoenstatt, 7).

 

Como vemos, a missão Tabor consiste em tornar a Capelinha de São Miguel um Santuario de Graças e de Peregrinação, no qual a Mãe de Deus manifesta-se poder de Mãe e Educadora, para a renovação do mundo.

 

O Santuario é, portanto , o que explica todas as energias sobrenaturais, que palpitam em nossa Familia.  Sem ele, sem a Aliança de Amor que Deus selou conosco através dele, Schoenstatt, com a riqueza de suas ideais e com toda a sua vasta e ramificada organização, nada mais seria um corpo sem alma.  Por tanto, no Santuario se decide, vital e essencialmente, tudo o que é Schoenstatt.

 

A tarefa de Maria desde o Santuário é:

A.     Irradiar a luz de Cristo a traves de suas Glórias

B.     Formar Cristo em nós:

         + O ideal do homem de natureza perfeita

         + O ideal do homem de natureza sacrificada

         + O ideal do homem de natureza elevada, transfigurada

C.     Educarmos para que Cristo seja o fundamento e forma de nossa vida.

 

3.4 A dimensão do Tabor: Nossa Missão

O Pai e Fundador não queria simplesmente entusiasmar seus aliados espirituais do Brasil, mas manifestar sua convicção  que nós brasileiros podemos chegar à santidade, por meio da Aliança de Amor com Maria.  Mais ainda que ao assumirmos a missão nacional, a missão Tabor, chegaremos à santidade. Pensando em nosso Fundador, não poderemos deixar herança maior  para as futuras gerações do que nossos sério esforço pela santidade, sermos filhos amados do Pai, dos quais Cristo é o ideal, conteúdo e forma de vida.

 

 

A realidade social, politica e económica de nossa Pátria é um enorme desafio…não precisamos simplesmente de bons políticos, economistas, articuladores sociais e boas familias, mas sim de bons e santos políticos, economistas, articuladores sociais, boas e santas familias.  Assumir o desafio de realizar  o Ideal Tabor e ser santo implica  em não estarmos simplesmente fechados em nosso mundo, mas significa também estarmos dispostos a transformar toda nossa sociedade.

 

O que implica para cada um a missão Tabor?

A.     Ser mais filhos no Tabor. Ser mais religiosos

B.     Não somente pensar mas amar e viver organicamente

C.     Configurar uma cultura de Cristo na terra brasileira:

         + Brasil, uma terra do amor

         + Brasil, uma terra da pureza

         + Brasil, uma terra da liberdade

         + Brasil, uma terra da alegria

         + Brasil, uma terra da Verdade e da Justiça

         + Brasil, uma terra da confiança na vitória

 

4. Palavras de conclusão

Em 20 de Abril de 1947, nosso Pai proclamou solenemente , o Tabor como o Ideal da Provincia das Irmãs de Maria no Brasil, que na época era a única comunidade de Schoenstatt oficialmente constituída em nosso país.  Mas para ele, estava claro que não se tratava somente de um ideal a ser vivido pelas Irmãs de Maria, mas uma missão para o Schoenstatt brasileiro.  Repetimos as palavras do Fundador em sua ultima mensagem ao Brasil, a que ja mencionamos anteriormente:

“Cuidaremos que não somente nossa pequena Família, mas o Brasil. Todo, sim, grande parte do mundo, até podemos crer que o mundo inteiro, um dia se tornará Tabor de Nossa Mãe de Schoenstatt” (Pe. J. Kentenich, Tabor nossa Missão, p.183)

 

Agora, neste tempo presente, cabe a nós assumir esta missão e fazê-la ganhar vida de forma concreta e vital.  Nosso Fundador sempre nos recomendava: “Aquilo que herdastes dos vossos pais, conquistai-o para possuí-lo”. Esta é precisamente a tarefa que temos pela frente: apropriar-nos da herança deixada pelo Pai, referente ao Tabor, para torna-la fecunda em nós e em nosso Brasil-Tabor.

 

Como comunidade de membros, temos que estar na vanguarda do cumprimento desta missão.

 

Pe. Marcelo A.

Assessor

23 de out. de 2020

Ataduras às coisas que bloqueiam os vínculos

 Ataduras às coisas que bloqueiam vínculos 


Um campo que impede a liberdade interior são nossas ataduras que nos escravizam às coisas. O Pai e Fundador costumava comentar que fazemos muitas concessões ao mundo. E assim condenamos a nós mesmos e aos que nos rodeiam, à mediocridade. 


“Não podemos servir a dois amos, não podemos servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24), nos adverte Jesus. Hoje em dia é enormemente difícil viver no meio do mundo e não sucumbir diante o espírito do mundo. Os santos o comparam com uma teia de aranha que aprisiona os homens e não os solta mais.


Apreender a fazer a diferença 


Se quisermos resumir um pouco a imagem desse homem novo que há de criar um mundo novo, havemos de dizer que é um homem diferente, um homem que vive de maneira distinta dos demais. Teremos que atuar de forma diferente no matrimônio, na vida familiar, nos negócios, na empresa, na política, na relação com os homens. Nisso tudo deveremos distinguir-nos dos demais. 


Os primeiros cristãos tiveram a audácia de ser distintos. E por isso criaram um mundo novo, um mundo impregnado pelos valores cristãos. Ser diferentes significa muitas vezes, passar por loucos, assim como os primeiros cristãos passaram por loucos. Significa também lutar contra o pecado em todas as suas formas, começando por si mesmo, mas também lutar contra muitas situações de pecado no mundo que nos rodeia. 


È por isso que os primeiros cristãos diziam: “Non sine sanguine”, não sem sangue. O mundo não se transforma o Reino de Deus não avança sem sangue. E pode ser que em alguns casos Deus permita também o sangue do martírio. O P. Fundador esteve a ponto de derramar esse sangue.


O Padre Fundador foi um homem que lançou as bases para um mundo novo e uma Igreja nova, ao preço de muita dor e sacrifício.


Ele passou por todas as lutas imagináveis. E ele pode ser fundamento para um mundo novo porque venceu em si mesmo os problemas do mundo novo.

E então, apesar de tudo, temos que atrever-nos a ser distintos, a passar por loucos, a lutar contra o mal em nós mesmos e assim viver antecipadamente o mundo de amanhã.


Estilo de vida


Por outro lado é necessário que cultivemos consequentemente um estilo de pobreza evangélica em nossa vida. Deus nos pede conquistar um estilo de vida austero, centrado em ser mais e não em ter mais, centrado em confiar em Deus e na sua providencia e não em nossos bens. 


Por isso, havemos de criar um novo estilo de vida, mais simples, mais forte. Pensemos por exemplo em nossa vestimenta, nossa comida, nosso estilo de festas, nossas férias, nossas casas, nossos bens, nossos veículos, etc.


Também em nossos grupos devemos buscar formas concretas para poder crescer na simplicidade e sobriedade, no desprendimento e no compartilhar solidário. Um membro da Família de Schoenstatt não pode deixar-se guiar neste campo pela sociedade de consumo, pela cultura materialista e secular. Nisso temos que ser homens diferentes, homens que vivem de maneira diferente. 


Devemos nos distinguir dos demais por nosso estilo de vida simples e sóbrio, por nossa independência da sociedade de consumo.


Perguntas para a reflexão


  1. Em que nos diferenciamos dos demais?
  2. Como é nosso nível de vida?
  3. Em que medida nós estamos influenciados pela sociedade de consumo?



Pe. Nicolas S.

Pe. Marcelo A.